A Sama acumula cifras milionárias recebidas dos cofres municipais. Em 2021, primeiro ano da gestão Allyson, o contrato foi de R$ 14.631.647,64; em 2022 R$ 23.323.254,31, em 2023 R$ 29.412.425,34. Em 2024 manteve alguns dos maiores valores: R$ 28.622.850,58; Já em 2025, até agosto, R$ 20.061.678,75. Os contratos foram firmados pela Inexigibilidade nº 01/2021, sem concorrência pública.
Os dois terrenos doados ficam na comunidade da Barrinha. Um tem cerca de 12 mil metros quadrados e outro quase 10 mil metros quadrados. A transferência dos terrenos foi oficializada por meio de leis sancionadas pelo prefeito em agosto e dezembro de 2023: lei nº 4.052, de 25 de agosto de 2023 – lote 17, no bairro Barrinha, com 12.007,60 m²; e lei nº 4.099, de 21 de dezembro de 2023 – lote 18, com 9.955,93 m².
Histórico de investigações
O empresário Francisco Diego Costa Dantas, além de figurar nos milionários contratos da saúde e agora na doação de áreas públicas, já foi investigado criminalmente em gestões anteriores da própria Prefeitura de Mossoró por supostas fraudes em licitações.
De acordo com informações publicadas à época, Diego Dantas tem histórico de suspeitas de fraudes em licitação e já foi investigado em diferentes ocasiões. Em 2004 foi flagrado em Teresina (PI) tentando fraudar vestibular com gabaritos e celulares; o caso prescreveu. Já em 2012 foi acusado pelo Ministério Público Federal de manipular licitação da CBTU em Natal, processo ainda em recurso. Em 2014, um relatório da Secretaria de Saúde apontou vínculos dele com a Associação Marca, envolvida em escândalos de terceirização da saúde em Natal e em Mossoró.
A partir de 2012, Diego assumiu o controle da Sama, ampliando sua participação societária e aumentando o capital social da empresa de R$ 100 mil para R$ 1 milhão em poucos meses, coincidindo com contratos sem licitação na Prefeitura. A empresa cresceu principalmente durante a gestão do ex-prefeito Francisco Silveira Júnior.

