O vereador Francisco Carlos (Avante ) é visto como um dos parlamentares mais bem preparados da Câmara Municipal de Mossoró.
Professor da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), ele tem na retórica um dos seus pontos fortes.
Sempre falante, Francisco nunca se calava em quaisquer dos debates no Parlamento. De repente, Francisco Carlos emudeceu.
Quem acompanha o dia a dia do Legislativo mossoroense garante que a liga que prendeu sua língua foi liberada no dia em que a Câmara aprovou um empréstimo de R$ 450 milhões para o prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade) falar o que quiser. Acabou calando quem quase ninguém queria.

Depois que liberaram para o gestor o metal vil, o que de viu foi o silêncio do vereador.
Hoje na bancada governista, Francisco Carlos engole orgulho, tritura sapo e se cala. Virou um poço de incoerência. Há quem diga que os motivos que o fizeram calar, pra ele, são coerentes. Ainda não sabemos quais são. Vamos apurar. Quando contarem, contaremos para os leitores.
Foi silente Francisco Carlos votou no Projeto de Lei  17. Contra si. Já que é também servidor público municipal de Mossoró. E contra os professores, categoria a qual pertence e a qual dizia defender.
Francisco Carlos entrou mudo e saiu calado da sessão em que assinou a morte do seu alter-ego. Sim. O Francisco Carlos falante, eloquente, incisivo, combativo, não existe mais. Parece ter sido amarrado com a liga que usaram pra amordaçar sua língua.
Triste fim para quem começava a pensar em voos mais altos.

Francisco Carlos percebeu, em pouco tempo, que em certos governos falar é um crime. Principalmente se for para denunciar outros crimes. Um dia descobrirá que tirar direitos de trabalhadores também deveria ser tipificado no Código Penal.

Não tardará para que Francisco Carlos tenha vontade de voltar a falar. Talvez não haja mais ninguém disposto a escutá-lo. Não é todo mundo que aceita ouvir voz do além.

3 thoughts on “A incoerência que deixou um vereador mudo

  1. Não me arrependo do que faço, pois tenho minhas convicções e defendo o que acredito no momento, mas o meu u
    trabalho foi perdido. Não me representa!

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