A bancada da situação deu, nesta segunda-feira, 28/3, mais uma demonstração de fidelidade canina ao Palácio da Resistência. A subserviência dos vereadores governistas foi tanta que, segundo a oposição, atropelou até mesmo o regimento do Legislativo.

“Todos os projetos que forem ser votados em regime de urgência precisam de um espaço de tempo de 8 dias de sua chegada até a votação em plenário”, lembrou o vereador Francisco Carlos (PP), líder da oposição.

Ainda segundo Francisco Carlos, o artifício regimental utilizado pela situação para convocar a sessão impede que sejam apresentados para votação em plenário os projetos que foram dado entrada na quinta-feira passada.

“Estão desrespeitando o processo democrático. Trata-se de uma manobra arbitrária e autoritária”, acrescentou.

O vereador Pablo Aires (PSB) lembrou que a continuidade da sessão sem acordo de bancada é ilegal. “Mesmo no regime mais rápido, é preciso o prazo mínimo de 8 dias entre a chegada do projeto à Câmara e sua votação em plenário”, acrescentou.

Marleide Cunha (PT) solicitou a suspensão temporária da sessão para discutir apresentação de emendas. “É necessário que tenhamos um pouco de razoabilidade”, justificou.

Larissa citou os muito questionamentos sobre a legalidade da sessão e concordou com o pedido de Marleide. Tony Fernandes ressaltou que na sessão seriam votados 4 projetos complexos, inclusive com reflexos nas peças orçamentárias do município. “O que está acontecendo aqui é uma aberração jurídica”, criticou.

Aproveitando-se do fato de ter maioria no plenário, o presidente da Câmara, Lawrence Amorim (Solidariedade), aliado do prefeito, colocou a proposta de suspensão da sessão em votação, sendo rejeitada por toda a bancada governista, por 12 votos a 10. Aliás, todos os projetos foram aprovados pelos 12 parlamentares situacionistas, que deram ao prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade) um cheque de R$ 183 milhões sem que se saiba a destinação específica de gasto dessa verba.

A sessão deverá ser questionada judicialmente. O líder da oposição, Francisco Carlos, admitiu a possibilidade e disse que iria conversar com os demais vereadores oposicionistas sobre a questão.

 

Vereadores que foram subservientes ao prefeito:

  1. Raério Araújo (PSD)
  2. Naldo Feitosa (PSC)
  3. Costinha (MDB)
  4. Didi de Arnor (Republicanos)
  5. Zé Peixeiro (PP)
  6. Ricardo de Dodoca (PP)
  7. Edson Carlos (Cidadania)
  8. Lucas das Malhas (MDB)
  9. Gideon Ismaias (Cidadania)
  10. Genilson Alves (PROS)
  11. Marckuty da Maisa (Solidariedade)
  12. Wiginis do Gás (Podemos)

 

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