As folhas do calendário político desse ano, aqui no Rio Grande do Norte, todo dia, nos traz uma leitura diferente. Com o avançar do tempo, é chegada a hora da tomada de algumas decisões importantes para os que estão no tabuleiro do processo eleitoral. Nesse mês de março, por exemplo, é permitida a mudança de partido.

Os que desejam mudar de ninho partidário tem até dia 1º de abril para tomar essa decisão. Também nos próximos dias se encerrará o prazo pra que os que desejam concorrer ano próximo pleito deixem seus cargos. Daqui para frente, o tempo será sempre de tomada de decisões.

Quem deverá tomar uma importante decisão nos próximos dias é o presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (AL/RN), deputado estadual Ezequiel Ferreira (PSDB). O chefe do Legislativo estadual potiguar é objeto de desejo nas duas principais  frentes políticas que estão se formando para as eleições de outubro próximo. Ezequiel é uma carta-chave para o jogo que está sendo jogado.

Na oposição, Ezequiel é visto como um “melé”, que pode ser usado para se fazer uma boa jogada, formar um bom time e até mesmo ganhar o jogo. Ou, na pior das hipóteses não perder tão feio. Ezequiel seria hoje a salvação de toda oposição ao atual governo, inclusive dos bolsonaristas.

Do lado governista, Ezequiel também é visto como uma carta importante. Ele seria o “Ás” do jogo. Seria a carta final para o fechamento de uma grande canastra que visa sepultar tradicionais agrupamentos políticos da política potiguar. Para enterrar os resquícios bolsonaristas, extremistas, malfadados e maldosos encarnados por políticos em fim de carreira no Estado, como Rogério Marinho, cujo mandato de deputado federal (de triste memória) acabou com os direitos dos trabalhadores.

Ao longo dos seus 30 anos de vida pública, Ezequiel aglutinou pessoas e arregimentou lideranças ao seu redor. Hoje, conta com o respeito de deputados e prefeitos. É admirado por muitos. Muito disso, claro, fomentado pelo poder da presidência da AL/RN. Permanecer no governismo aumenta as chances de que essa condição dura mais.

Embarcar numa aventura oposicionista, apenas pelo capricho de alguns machistas e misóginos, inimigos do povo, sobretudo para garantir palanque para salvar mandatos em via de extinção, é uma jogada arriscada. Estaria na hora de largar tudo o que Ezequiel construiu com um discurso harmonioso? Independente do resultado das urnas, como ficaria Ezequiel pós eleição?

 

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