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Gestão Allyson Bezerra joga Mossoró no escândalo das emendas PIX

Relatório da Controladoria Geral da União vê irregularidades que impedem a fiscalização de R$ 5 milhões recebidos pelo município

por Ugmar Nogueira
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Um relatório recente da Controladoria-Geral da União (CGU) traz à tona um cenário preocupante para a gestão Allyson Bezerra, em Mossoró : grave opacidade e descumprimento das regras de transparência na aplicação de R$ 5 milhões em emendas PIX. O recurso, destinado à pavimentação de 16 ruas do município, foi auditado a pedido do Supremo Tribunal Federal (STF) devido ao histórico nacional de falta de transparência no uso das chamadas “emendas secretas”,

Como foi feita a auditoria da CGU em Mossoró

A CGU foi acionada para verificar como Mossoró aplicou os R$ 5 milhões recebidos em 2024, parte de um contrato global de R$ 58 milhões com a Construtora Luiz Costa Ltda. O relatório apontou que, apesar das obras avançarem em diferentes etapas — algumas já concluídas, outras em andamento —, a falta de transparência ativa prejudica o controle social e a fiscalização dos gastos públicos.

Principais achados do relatório: Transparência, riscos e execução

  • Falta de transparência: O ponto central do relatório é que a Prefeitura de Mossoró não disponibiliza informações completas e facilmente acessíveis sobre o recebimento e o uso dos recursos de emendas PIX em seu Portal da Transparência, nem no Portal Nacional de Contratações Públicas.
  • Barreiras ao controle social: A equipe de auditoria da CGU relata que, mesmo com conhecimento técnico, enfrentou obstáculos para identificar origem, destino e aplicação dos recursos, dificultando qualquer tentativa de acompanhamento pelos cidadãos.
  • Descumprimento da lei: A Prefeitura deixou de registrar os contratos vinculados à emenda PIX no Portal Nacional de Contratações Públicas, em descumprimento às regras previstas nas Leis de Diretrizes Orçamentárias e no novo marco legal das contratações públicas.
  • Execução das obras: Não foram identificadas irregularidades materiais ou superfaturamento na execução das obras de pavimentação — as ruas inspecionadas estão sendo executadas conforme o previsto, com pagamentos registrados e saldo em conta específica.

O que disse a Prefeitura de Mossoró à CGU

Segundo o relatório da CGU, a Prefeitura de Mossoró defendeu-se alegando que o contrato foi firmado sob a Lei 8.666/93 (antiga Lei de Licitações) e, por isso, não estaria obrigada a cadastrar o contrato no Portal Nacional de Contratações Públicas. Além disso, garantiu que os dados das receitas, despesas e pagamentos podem ser encontrados por qualquer cidadão em seu Portal da Transparência, indicando caminhos, abas e prints como exemplo.

A gestão também retificou informação inicial, reconhecendo à CGU que existem formas de acessar os dados digitalmente, embora o sistema não facilite a individualização das transferências especiais.

A CGU rebateu: Mesmo com essas alegações, a Controladoria afirmou que a transparência permanece insuficiente. Faltam filtros, detalhamento e vinculação direta entre recursos recebidos e contratos, o que impede o acompanhamento eficiente pelo cidadão e pelos órgãos de controle.

Todos esses argumentos da Prefeitura foram extraídos do próprio relatório da CGU. Não houve contato direto deste blog com a administração municipal para esta matéria.

 

Construtora Luiz Costa Ltda: Histórico de polêmicas e investigações

O caso chama atenção também pelo histórico da empresa contratada. A Construtora Luiz Costa Ltda já foi citada em investigações do Ministério Público Federal no Rio Grande do Norte por suposta prática de corrupção, lavagem de dinheiro e contratos suspeitos em outras cidades do Nordeste, como São Luís (MA).

Em Mossoró, até o momento, não há comprovação de irregularidades na execução da obra auditada, mas o passado da construtora reforça a necessidade de acompanhamento rigoroso dos contratos e da destinação dos recursos públicos.

 

Riscos jurídicos e recomendações da CGU

A CGU deixou claro que, caso a Prefeitura de Mossoró não adote medidas para aprimorar a transparência e a prestação de contas ativa, pode sofrer sanções administrativas e até bloqueio de novos repasses federais. O relatório exige ajustes imediatos no Portal da Transparência e no registro dos contratos, para garantir a rastreabilidade e o controle social.

Conclusão: Transparência estagnada, risco ampliado

Embora o asfalto avance nas ruas de Mossoró, a transparência sobre o dinheiro público segue em marcha lenta na gestão Allyson Bezerra. O alerta da CGU evidencia o risco de novas crises de confiança caso o município não modernize e facilite o acesso aos dados das emendas PIX e de outros recursos federais. (Fonte: Blog do Dina)

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1 comentário

José Dantas da Rocha 02/08/2025 - 14:13

Existe somente um culpado pela situação a CâmaraMunicipal.

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