Ugmar Nogueira
Em quase 15 meses de gestão, o prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade) realizou um caminhão de manobras na educação para fazer suas vontades no setor: acabou com uma semana de recesso do meio do ano, mudou gestores das escolas a seu bel-prazer e enrolou os professores o quanto pode.
Uma coisa, porém, ele não quis ou não soube fazer: garantir que as escolas estivessem em condições mínimas para receber os alunos na retomada das aulas presenciais.
Em alguns casos, o descaso beira o absurdo. É o que acontece, por exemplo, com a Escola Municipal José Benjamim. A unidade de ensino fechou suas portas há mais de 2 anos, por causa da pandemia. Concomitante a esse fechamento, teve início o serviço de reforma da escola. As obras, no entanto, caminham a passos de tartaruga.
O resultado dessa demora é prejuízo para a comunidade escolar. Especialmente para professores e alunos. Sobretudo para os estudantes. Com a escola ainda em reforma, as aulas estão sendo ministradas de forma remota. A angústia e a preocupação dos pais são enormes.
“Não aceitamos que a prefeitura tenha tido tanto tempo e não tenha concluído essa reforma. Não temos onde deixar nossos filhos. Precisamos trabalhar. Não queremos saber de quem é a culpa. Queremos que o prefeito resolva”, afirmou Aparecida Freitas, presidente do Conselho Escolar, durante protesto realizado por alunos e pais no início da noite desta quinta-feira, 17/3.
Mesmo debaixo de muita chuva, pais, mães e estudantes tiveram na escola para mostrar sua insatisfação com a situação e com o descaso da gestão Allyson Bezerra. “Eu trabalho, e tenho 3 filhos e apenas um celular, não há como eles terem aulas remotas. Prefeito, agilize. Se você, Allyson, está na gestão, quem tem que agilizar é você”, cobrou Isla Lúcia da Silva.
Ontem mesmo o Blog Na Boca da Noite questionou a Secretaria Municipal da Educação. Perguntamos os motivos para uma demora tão grande na reforma da escola e a previsão do órgão para a retomada das aulas presenciais no José Benjamim. Até a publicação desta matéria (7h de hoje) não havíamos recebido resposta aos questionamentos apresentados.
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