A maior parte da população brasileira, apontam pesquisas recentes, aguardam com sentimento de justiça, a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Essa parcela majoritária do povo lembra de todos os malfeitos que Bolsonaro fez e tem feito. E quem perdeu parentes pela propositada negligência na condução do país durante a pandemia, vê na ida do ex-presidente à prisão um mínimo de punição por tanta maldade.
Há muitos elementos para a decretação dessa esperada medida prevista no sistema persecutório penal brasileiro.
Some-se a tudo isso o fato de o próprio Bolsonaro seguir dando margem a que a prisão seja decretada, embora, desprovido de coragem como é, morra de medo de que isso ocorra.
A despeito de tudo isso, o ministro Alexandre de Moraes, responsável no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo inquérito que apura as responsabilidades do ex-presidente na tentava de golpe ao Estado Democrático de Direito, rejeitou, por ora, a prisão de Bolsonaro.
Como há tempo existem as condições legais para tal, Moraes mostra como se cozinha uma prisão. Tempera o prato com absoluto respeito ao devido processo e, adiciona, sem moderação, ingredientes de legalidade.
A atuação de Moraes, como mostram os maiores juristas do país, é irretocável. Inclusive deixar a prisão em fogo brando. Não pode, no entanto, deixar passar do ponto.