Na semana passada o preço da gasolina nos postos de combustível do país teve alta de 1,47%, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP). O aumento dos preços é consequência da alta do petróleo no mercado internacional. Assim, distribuidores e importadores já reajustam preços dos combustíveis, repassando aos consumidores. A Petrobras, no entanto, não anunciou aumento dos preços dos combustíveis que saem das refinarias. Mas esse “refresco é apenas momentâneo”, e está diretamente ligado ao calendário eleitoral do país. Essa semana, mais um aumento no preço do produto foi registrado nos postos.
Sem abandonar a política de Preço de Paridade de Importação (PPI), a tendência é que a estatal aumente os preços dos combustíveis assim que passar as eleições. Trata-se, portanto, de uma espécie de fraude que busca favorecer o atual presidente Jair Bolsonaro (PL). Esses dois novos aumentos reforçam a certeza de que o presidente pratica estelionato eleitoral com o preço dos combustíveis.
“Como o governo Bolsonaro não mudou a política do PPI – e só baixou e segurou preços por motivos eleitoreiros –, é de se esperar que a Petrobras aumente os preços dos derivados nas refinarias, após as eleições”, analisa o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar. “Até lá, o governo seguirá com o uso político da maior empresa do país, seguindo com a prática peculiar de Bolsonaro de estelionato eleitoral”, afirmou ele.
“Está claro pra todo mundo que a Petrobras está, sim, segurando os preços. Se o preço do barril tivesse caindo, como caiu meses atrás, ela reajustaria rapidamente. Quando o preço sobe, no entanto, a Petrobras não acompanha na mesma velocidade. Então, sim, a gente pode entender como um processo de estelionato. Porque, na verdade, eles não estão cumprindo aquilo prometeram”, afirma o economista Cloviomar Cararine, da subseção do Dieese na FUP.
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