O médico Yoanes Infante, o Doutor Cubano (PSDB), voltou para onde nunca tinha saído. O vereador de primeiro mandato é agora, oficialmente, da bancada da situação. É mais um vereador de Allyson Bezerra (União Brasil). E estar nessa condição significa não ter vontade nem de ter vontade.
Ser da bancada situacionista é estar disposto a ignorar regimento do Legislativo, a perder a vergonha e, sobretudo, a trair os eleitores.
A atual legislatura mostra isso. Por lá, quem defendia a inclusão abandonou os excluídos para ser capacho do prefeito.
Quem defendia os servidores, abandonou os colegas para ser vassalo do gestor.
Quem se diz filho de educador, usa o mandato apenas para debochar e fazer mal aos professores. Três dos muitos exemplos de como não ser um vereador. Mas voltemos ao Doutor Cubano.
Para ser ungido como mais um da bancada da situação, o Yonaes, segundo consta dos bastidores da política de Mossoró, levou chás e mais chás de cadeira. Madrugou várias e várias vezes no Palácio da Resistência para ser apresentar o seu diploma de subserviência total. Senha para fazer parte do nada seleto grupo dos vereadores de Allyson. Humilhante, diga-se de passagem.
Mas para o cubano, mais humilhante ainda foi o teatro burlesco através do qual o vereador fingia ser da oposição (inclusive empunhando a bandeira de líder daquela bancada), enquanto fazia uso do cargo apenas para boicotar o próprio grupo opositor. Esse deve ter sido, inclusive, o encargo a ser assumido para a inclusão no time dos sem vontades, sem projetos e sem dignidade.
A máscara de Doutor Cubano não caiu. Ninguém com um mínimo de bom senso e dois neurônios funcionando acreditava na emulação farsesca do vereador. Todo mundo pelo menos desconfiava dos flertes de Cubano para os do lado do Palácio da Resistência. De todos os tipos.
Livrou-se o parlamentar da situação de duplo agente para ser da situação de importância alguma. Apenas mais um no grupo dos desimportantes. Isso importa? Para os eleitores, deveria. Para o Cubano, diferença alguma. Quem se submeteu ao (triste) papel que ele desempenhou nesses pouco mais de 9 meses de mandato é porque não importa com nada. Muito menos com quem o elegeu.