Óbitos no Brasil crescem 14,9% em 2020, maior índice em quase 4 décadas

por Ugmar Nogueira
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O número de registros de óbitos no Brasil em 2020 chegou a 1.513.575, aponta pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o levantamento, considerando-se apenas os registros com sexo e idade informados, temos 1.510.068 óbitos, com alta anual de 14,9%, ou 195.965 mortes a mais que em 2019. Tanto em percentual quanto em números absolutos, foi a maior alta desde 1984, ou seja em 37 anos.

A pesquisa mostra que 99% das mortes teve causas naturais, o que aponta para o reflexo da pandemia nos dados e como a forma equivocada de combate adotada pelo Governo Federal potencializou os dados.

O aumento percentual de óbitos entre os homens (16,7%) superou o das mulheres (12,7%). A maior parte dos óbitos foi na faixa dos 60 anos ou mais de idade. Para as idades abaixo de 20 anos, houve redução dos óbitos entre 2019 e 2020.

Cerca de 73,5% dos óbitos de 2020 ocorreram em hospital, 20,7% em domicílios e em 5,8% em outro local de ocorrência ou sem declaração. Além disso, 99,2% dos 195.965 óbitos ocorridos a mais, de 2019 para 2020, foram óbitos por causas naturais.

O número de registros de casamentos no Brasil teve uma redução de 26,1% entre 2019 e 2020 (de 1.024.676 para 757.179), a maior queda da série histórica. O movimento de queda vem sendo observado, anualmente, desde 2016, mas em 2020 essa variável foi afetada pelo isolamento social em decorrência da pandemia.

Do total de casamentos registrados, 6.433 ocorreram entre pessoas do mesmo sexo, uma queda de 29,0% ante 2019. Os casamentos entre cônjuges femininos representam 60,1% dos casamentos civis nessa composição conjugal.

2019 e 2020 – De 2000 para 2020, a proporção de registros de nascimentos cujas mães tinham menos de 30 anos caiu de 76,1% para 62,1%. Já os registros de nascimentos cujas mães tinham 30 anos ou mais subiu de 24,0% para 37,9%. Em 2019, a estimativa de sub-registro de nascimentos foi de 2,1%, caindo 2,4% frente a 2018. Já o sub-registro de óbitos ficou em 3,8%, frente a 4,0% em 2018.

São informações das Estatísticas do Registro Civil, que investigam registros de nascimentos, casamentos e óbitos nos Cartórios. Excepcionalmente, as informações sobre divórcios em 2020, serão divulgadas em momento posterior.

NASCIMENTOS – Em 2020, houve queda de 4,7% no número de registros de nascimentos, após a redução de 3,0% em 2019. Foram 2.728.273 registros de nascimentos em 2020 e, desse total, 2.678.992 se referem a crianças nascidas em 2020 e registradas até o 1º trimestre de 2021. Cerca de 2% (49 281) são nascidos em anos anteriores ou com o ano de nascimento ignorado.

Houve queda em todas as regiões, sendo superior à média nacional nas regiões Norte (-6,8%) e Nordeste (-5,3%), e igual ou inferior no Centro-Oeste (-4,7%), no Sudeste (-4,3%), e no Sul (-3,1%). Entre as Unidades da Federação, o Amapá teve a maior queda (-14,1%), seguido por Roraima (-12,5%), Acre (-10,0%) e Amazonas (-7,4%).

Entre 2019 e 2020, o número de nascidos vivos do sexo masculino diminuiu de 1.438.275 para 1.371.445, enquanto o de sexo feminino caiu de 1.373.485 para 1.307.018, mantendo, entretanto, a razão de 105 meninos para 100 meninas. As maiores diferenças foram observadas no Acre e em Roraima com 107 meninos para cada 100 meninas, seguidos por Sergipe, Paraná e Mato Grosso com uma relação de 106 meninos para 100 meninas.

 

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