As finanças de Mossoró poderão entrar em colapso em breve. Pelo ritmo com que o prefeito Allyson Bezerra (União Brasil) vem endividando a prefeitura, isso, infelizmente, não vai demorar muito a acontecer. Principalmente porque Allyson não tem economizado em sua tentativa de chegar ao Governo do Estado.
O atual prefeito de Mossoró tem loteado o município em níveis jamais vistos. Além disso, multiplica a cada dia os milionários contratos com empresas terceirizadas. Tudo em Mossoró é feito via contrato com a iniciativa privada. São milhões e milhões de reais repassados a empresas sem que se tenha qualquer garantia de que a contrapartida esteja sendo ofertada na mesma proporção do dinheiro empregado.
É esse mesmo Allyson perdulário que quer chegar ao Executivo estadual. É esse mesmo Allyson com feições golpistas que quer ser governador do Estado. Esse mesmo Allyson ditador que quer sentar no Palácio dos Despachos.
O funcionalismo público estadual corre grande risco se isso acontecer. Os serviços de saúde e educação em Mossoró são um caos, enquanto a propaganda da gestão municipal engana a opinião pública. Para piorar, o prefeito coloca a população contra os trabalhadores.
Das instituições que sofrerão com uma hipotética eleição de Allyson, a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) é a que mais corre risco. Por várias razões.
Como legítimo bolsonarista, Allyson é contra a educação, é contra o ensino superior e é contra a universidade pública. Não sem razão, blogueiros pagos pela prefeitura de Mossoró passaram a atacar a UERN. Coincidentemente, logo após a Assembleia Universitária, na qual a reitora Cicília Maia ressaltou, de viva-voz, toda a gratidão da comunidade uerniana pelos grandes serviços que a gestão da professora Fátima Bezerra (PT) tem prestado à universidade.
Entre os muitos benefícios, destacou duas que mudaram a feição da Universidade: a autonomia financeira e o fim da lista tríplice para reitor. Duas questões que serão – inevitavelmente – mudadas por Allyson caso se torne governador.
Na questão financeira, é importante lembrar que Allyson manobrou para que a Câmara Municipal de Mossoró, um poder independente, ficasse quase de esmolas. Reduziu seu Duodécimo a quase nada.
Já a escolha de reitor sem a famigerada lista tríplice garante respeito à vontade soberana da maioria da comunidade acadêmica, sendo levado(a) à Reitoria quem tiver conseguido a maioria de votos. Isso não só respeita a vontade da maioria como garante ao reitor, ou reitora, liberdade e autonomia para agir conforme os interesses dessa mesma comunidade acadêmica.
Allyson odeia que os órgãos públicos tenham autonomia. Para se ter ideia de seu desejo de controle despótico, até mesmo a eleição para escolha de representantes de trabalhadores em conselhos municipais, é feita pela prefeitura, quando deveria ocorrer por meio das entidades representativas dos trabalhadores.
Allyson tem ojeriza a processos democráticos. Seu primeiro ato como prefeito de Mossoró foi arquivar o projeto de lei dispondo sobre eleição para escolha dos gestores de escolas e UEI´s. Por tudo isso, a eleição de Allyson ao Governo do Estado representa risco à Uern. Não é opinião, é fato. Não é terrorismo, é realidade.
