* Divanilton Pereira

 

O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) é partícipe das concertações políticas populares e democráticas constituídas no país desde 1989. Desde então, o Partido prioriza uma aliança estratégica com o Partido dos Trabalhadores (PT) e outras organizações populares, sempre orientado por um entendimento programático.

Nas eleições de 2018, período de intensa resistência democrática, o PCdoB disponibilizou a líder Manuela D`Ávila como candidata a Vice-presidenta de Fernando Haddad, candidato à Presidência pelo PT. Repercutindo essa diretriz tática também no Rio Grande do Norte, a professora Fátima Bezerra foi eleita Governadora tendo Antenor Roberto, como Vice-governador.

Desde então, o PCdoB e o Vice-Governador, se empenham pelo êxito do Governo Fátima Bezerra por compreendermos que essa assertiva é uma necessidade histórica que se impõe.

Enfrentamos um legado de absoluta calamidade administrativa, orçamentária, financeira e fiscal. Contribuímos para que a resultante desses esforços alcançasse a reorganização do Estado Potiguar, uma condição fundamental para atingirmos objetivos maiores, em especial, o do nosso desenvolvimento.

Há dias, o PCdoB foi comunicado pela Governadora sobre as suas tratativas com outras forças políticas e partidárias para virem ocupar a Vice-governadoria. Agora, após o processo da janela partidária e as dificuldades do campo oposicionista, esse cenário ganha novas dimensões e especulações.

A população norte-rio-grandense vem testemunhando, à frente do Executivo Estadual, uma parceria político-administrativa de afinidade poucas vezes vista em nossa história. Fátima Bezerra (PT) e Antenor Roberto (PCdoB) simbolizam a unidade de forças populares irmanadas em um mesmo propósito: fazer do RN um Estado politicamente mais democrático, economicamente próspero e socialmente justo.

Compreendemos que as eleições se constituem em mais uma oportunidade para o debate e a visibilidade como centro dos propósitos programáticos daqueles e daquelas que se propõem a conduzir os destinos de nosso estado. Os arranjos circunstanciais e particularistas podem até apontar, de imediato, luzes, porém, o alcance da luminosidade sobre a grande estrada é limitado. E essa possível, mas também nova configuração política, pode potencializar, além de riscos eleitorais, a não continuidade do atual ciclo desenvolvimentista.

Para o PCdoB, identificar os principais obstáculos ao progresso econômico e social, buscando aglutinar as forças necessárias à sua superação, em cada período histórico, é uma exigência permanente da luta política, sobretudo, em um momento em que o fascismo ameaça a sociedade brasileira. Todavia, na opinião dos comunistas potiguares, tal esforço de ampliação não pode se dar à custa do enfraquecimento da unidade popular que, no RN, constitui o núcleo estratégico do atual Governo.

Por que então mudar essa exitosa configuração? A história provavelmente responderá.

 

* Presidente do PCdoB/RN

 

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