Ainda ecoa com muita força em todo o Estado, a decisão dos deputados federais General Girão e Sargento Gonçalves (PL) e Paulinho Freire (União Brasil) de votar pela soltura do também deputado Chiquinho Brazão (União Brasil/RJ).
Chiquinho é acusado de ser um dos mandantes da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL/RJ).
Nos votos de Girão e Gonçalves, chama a atenção o fato de um ser oriundo do Exército, caso do general, e o outro ser da Polícia Militar, no caso o sargento.
Tanto Girão quanto Gonçalves e Paulinho sabem o quanto as provas incriminam Chiquinho Brazão, mas mais vale para eles manter postura de bolsonarista. Mesmo que para isso tenham que engolir o farsesco, canalha e criminoso mantra “do bandido bom é bandido morto”.
Para os bolsonaristas, essa máxima não vale para milicianos e bandidos de estimação. Ser da extrema direita soa, para o bolsonarismo, como uma espécie de excludente de ilicitude ou como causa extintiva de punibilidade. Nem mesmo em crimes odiáveis como o que vitimou Marielle, se vê uma palavra crítica de bolsonaristas. Não se deve esquecer o esforço que os bolsonaristas fazem para tentar anistir os terroristas que invadiram Brasília em 8 de janeiro do ano passado.
Os votos de Gonçalves, Girão e Paulinho, além de outros que se alinharam ao criminoso Brazão, parecem reafirmar que o bolsonarismo flerta com muita força e convicção com criminosos ricos e do seu círculo mais próximo.
O caso Brazão é só uma pequena mostra do quanto o discurso bolsonarista não se sustenta na realidade. Quando não é mentiroso, é criminoso. E às vezes, até os dois. Não é à toa que o termo surgiu de onde surgiu.