A política é uma arte coletiva. Não há como se falar em construção de projetos e execução de propostas na seara politica a apenas duas mãos. Na gestão pública, isso se torna impossível. Embora uma pessoa responda como gestor, ele não faz nada sozinho. Sua função precípua, aliás, é delegar. Pedir, determinar, orientar e permitir que os outros façam.
Para administrar uma cidade, é necessária a parceria dos secretários municipais e claro, dos recursos financeiros a cobrir as despesas com as ações, as políticas, os salários, enfim, o custo da máquina administrativa.
No exemplo brasileiro, os projetos, ações e políticas podem ser bancados também por meio de verbas conseguidas por parlamentares estaduais e federais, através de emendas. Essa é uma das formas pelas quais as verbas dos governos estaduais e federal cheguem aos municípios. Essa é uma das importantes atuações dos parlamentares.
Prefeitos e governadores ficam exultantes quando deputados estaduais e federais destinam emendas para suas cidades e Estados. É motivo de festa. É sinônimo de alegria. A recompensa que esses gestores oferece é o reconhecimento. A grande maioria faz o reconhecimento. Às vezes até com exagero. Mas reconhece. Sempre foi assim. Inclusive em Mossoró. Hoje, infelizmente, na terra da resistência, o prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade) resiste em ser honesto.
Totalitário, o gestor mossoroense faz de tudo para que não se saiba quem está ajudando a cidade. Intelectualmente desonesto, faz vídeos, postagens, lives, assumindo como suas obras, ações e serviços conseguidos, batalhados, realizados pelos outros. Estratégia mequetrefe.
O senador Styvenson Valentim (Podemos) destinou recursos para realização de cirurgias. Cobrou da gestão Allyson Bezerra garantias de que o dinheiro teve a destinação correta. Apanhou nas redes sociais. Tivesse andado perto da prefeitura talvez tivesse sido agredido fisicamente.
Beto Rosado (PP) é outro que também sofre para que o prefeito faça o que se espera de alguém com hombridade e honestidade: assuma que os recursos para o calçamento das ruas de Mossoró são oriundos de emendas de autoria do deputado federal mossoroense.
A deputada estadual Isolda Dantas destinou emenda para comprar do castramóvel. Allyson segue cortando a possibilidade de a cidade contar com esse importante equipamento instrumento social. Defensores da causa animal seguem angustiados com descarado boicote.
Agora, Allyson quer tomar na mão grande a autoria do Projeto Areninha Potiguar, luta, empenho e dedicação do senador Jean (PT). No campo da apropriação indevida, o prefeito parece estar dando de goleada.
O que o prefeito quer é que as pessoas pensem que só ele sabe, só ele pensa, só ele resolve, só ele trabalha. Para Allyson, a prefeitura é ele. Apenas ele. O prefeito acha que está sendo esperto. Pode parecer esperteza, mas é só desonestidade. O crime de usurpação também deveria abarcar as ideias. Não há nada mais putrefato do que atrair para si autoria de algo que não se fez.
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