No caso do gás natural, o crescimento foi ainda mais expressivo, passando de 93,89 milhões para 100,85 milhões de m³, o que corresponde a um aumento de 6,96 milhões de m³, ou cerca de 7,4%. É o que apresenta o Boletim de Petróleo e Gás do RN – 3º trimestre de 2025, divulgado nesta segunda-feira (29) pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, da Ciência, da Tecnologia e da Inovação.
Se comparado ao mesmo período do ano passado, o Rio Grande do Norte fechou o 3º trimestre de 2025 com crescimento de 1,60% na produção de petróleo e 7,69% na de gás natural. Esses resultados indicam uma tendência de expansão da atividade petrolífera no estado, com avanço simultâneo na produção de ambos os recursos.
Atualmente, sete produtoras independentes atuam no cenário onshore do Rio Grande do Norte. A Brava Energia (ex 3R Petroleum), como a principal operadora, tem 68% da produção total de petróleo, seguida por: PetroRecôncavo, Mandacaru Energia, Níon Energia, Petrosynergy, Phoenix Óleo & Gás e Petro-Victory.
No 3º trimestre de 2025, a produção terrestre de petróleo e gás natural totalizou, respectivamente, 2,71 milhões de barris e 100 milhões de m³. No período, a produção média diária alcançou 29,46 mil barris de petróleo e 1,09 milhões de m³ de gás natural. O Campo de Canto do Amaro manteve-se como o principal polo produtor onshore, superando a marca de 600 mil barris, seguido pelos campos de Estreito e Salina Cristal. No que se refere ao gás natural, o Campo de Lorena se destacou ao concentrar o maior volume produzido, ultrapassando 20 milhões de m³, seguido por Livramento, Brejinho e Boa Esperança.
A produção marítima de petróleo e gás natural apresentou uma variação significativa na comparação entre o 3° trimestre de 2024 e o 3° trimestre de 2025. O petróleo registrou uma queda de aproximadamente 21,37%, o que representa 53,4 mil barris a menos no período. Em contrapartida, o gás natural avançou 9,74%, equivalente a um acréscimo de 1,22 milhões de m³. Esse movimento revela uma tendência divergente entre as duas fontes, caracterizada pela retração do petróleo e pela expansão do gás natural, cenário que pode estar relacionado tanto ao declínio natural de campos maduros de petróleo quanto à adoção de estratégias voltadas à valorização do gás como vetor energético.
No 3º trimestre de 2025, a arrecadação de royalties para o estado atingiu R$ 58,27 milhões, registrando uma redução de 10,27% em relação ao mesmo período de 2024. Redução esta, associada à diminuição do valor monetário da produção utilizada como base de cálculo. Esse resultado decorre, principalmente, de preços de referência menos favoráveis no período e da maior participação do gás natural no incremento da produção, cujo valor unitário é inferior ao do petróleo. Soma-se a isso o avanço da produção em campos maduros, que operam sob alíquotas contratuais de royalties reduzidas, além de efeitos da redistribuição dos royalties do gás, que tendem a favorecer os municípios em detrimento do repasse ao Estado.
Os repasses de royalties aos municípios potiguares totalizaram R$ 107,79 milhões no 3º trimestre de 2025. Desse montante, apenas 20 municípios concentraram cerca de 96% dos recursos, o equivalente a R$ 96,78 milhões, evidenciando a forte concentração da arrecadação. O município de Grossos liderou o ranking com R$ 17,97 milhões, seguido por Tibau, Serra do Mel, Alto do Rodrigues, Mossoró e Felipe Guerra.
Sendo assim, a distribuição de royalties de petróleo e gás para o Estado e os municípios do RN totalizou R$ 159,06 milhões no terceiro trimestre de 2025, registrando crescimento de 7,75% em relação ao mesmo período de 2024. No âmbito municipal, os repasses de royalties de petróleo e gás natural totalizaram R$ 100,79 milhões no terceiro trimestre de 2025, o que corresponde a um crescimento de aproximadamente 21,9% referente ao mesmo período de 2024.
Acesse o boletim aqui http://www.adcon.rn.gov.br/ACERVO/sedec/DOC/DOC000000000364732.PDF
