Vergonhoso, abjeto, monstruoso. É assim que os professores da rede municipal de Mossoró encaram o nefasto ato do prefeito da cidade, Allyson Bezerra (União Brasil) de, mais uma vez, se apropriar do reajuste do piso salarial nacional profissional do magistério. Como se tomasse, na mão grande, o dinheiro resultado da luta dos docentes.
Não bastasse não ter repassado o percentual de 14,95% do reajuste do ano passado, o prefeito pagou o salário de janeiro de 2024 sem respeitar a lei novamente. E, mais uma vez, o percentual desse ano está sendo sonegado. Embora o Governo Federal venha repassando os recursos religiosamente em dia e atualizados, não se sabe para onde o dinheiro está indo. Essa semana, por exemplo, a prefeitura de Mossoró recebeu mais uma parcela da complementação dos recursos do Fundeb de 2023.
Além de não conceder o benefício legal, o prefeito ainda faz lives mentindo, enganando, manipulando a opinião pública, para que as pessoas pensem que ele está pagando os salários de forma justa e como manda a lei.
O prefeito se apropria do percentual do reajuste e sequer libera os contracheques dos profissionais para que os trabalhadores ao menos possam saber o quanto estão sendo pilhados.
Embora o secretário da Educação, Marcos Oliveira, tenha se reunido com a direção do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (Sindiserpum) e recebido a pauta dos educadores, o próprio Marcos confidenciou, em entrevista à Rádio Rural, que não tem previsão de quando vai se reunir com o prefeito para tratar do assunto. Postergação, na velha tática do “um toma e o outro esconde”.
