Por Ugmar Nogueira
O prefeito de Mossoró Alyson Bezerra (Solidariedade) está, há duas semana, com a corda no pescoço no que se refere à sua popularidade. Os índices positivos tem caído, causando preocupação. O cenário é tão preocupante que até nas redes sociais, onde o prefeito é onipresente, as menções negativas em relação ao gestor chegam a 70%.
Para tentar criar um ambiente de festa junto com os vereadores que dão sustentação ao governo na Câmara Municipal, o prefeito resolveu “tirar um coelho da cartola”. Como num passe de mágica, Allyson anunciou a conquista de nada menos que R$ 200 milhões para investimentos na cidade. Os recursos, de acordo com o gestor são da Caixa Econômica Federal.
O detalhe é que ninguém na Caixa em Mossoró confirma a disponibilidade de tais recursos. Pior: sequer se há pleitos da prefeitura nesse sentido. A ausência de um representante do banco no tal anúncio chamou a atenção.
O Portal Na Boca da Noite consultou dirigentes do banco e a informação é de que se houve aprovação do tal pacote de investimentos não passou por Mossoró ou pela gerência regional.
A reportagem tentou contato com o assessor da prefeitura que fez a matéria sobre o anúncio feito pelo prefeito e também com a Secretaria Municipal de Comunicação Social. Solicitamos o número do contrato de convênio entre prefeitura de Mossoró e a Caixa. Nenhum dos dois respondeu a mensagem.
Além da ausência de representantes da Caixa, o anúncio feito pelo prefeito chama a atenção porque outros pacotes mirabolantes de investimentos foram anunciados por Allyson Bezerra e nunca se concretizaram.
Os mossoroenses lembram que ao longo do seu mandato o prefeito vem colecionando momentos nos quais reune a imprensa para anunciar investimentos e outros benefícios e na prática, até agora, as obras não saem do papel.
Hoje no Palácio da Resistência, parece ter havido mais um capítulo desses momentos “Tabajara” da gestão Allyson Bezerra.
O prefeito anunciou pacotaço de nada menos que 200 mil em obras sem citar maiores detalhes. Não falou em ordem de serviços, não anunciou abertura de nenhuma licitação (agora, anterior ou futura), não elencou empresas, não informou número de convênio(s). Nada.
O “atual incrível pacote de obras” se soma aos R$ 48 milhões que teriam sido liberados pelo ex-ministro Rogério Marinho (PL) para obras de mobilidade urbana, reforma e modernização do Afim, construção de UBS na zona rural. Passado quase um ano do anúncio, não foi construída uma calçada sequer com o dinheiro que o prefeito garantiu, naquela época, que já estavam na conta bancária do município.
