A Câmara de Mossoró quase pegou fogo em sua sessão desta terça-feira. Teve de tudo: insinuações, revelações, ameaças e… chantagem. Tudo feito pelos vereadores bolsonaristas (Cabo Deivison, Jailson Nogueira e Wiginis do Gás).
Uma das coisas que mais chamaram a atenção nas falas dos parlamentares acima foi uma frase de Wiginis do Gás (União Brasil).
Recém-expulso da base governista, Wiginis disse que seria independente. Não iria para a oposição. Logo tomou um chá de revelação de Deyvison: ou se é oposição ou situação.
O que o Wiginis deixava subentendido era de que não queria atacar o prefeito Allyson Bezerra (União Brasil). Mais que isso: que gostaria de voltar para a base governista.
Ontem, Wiginis subiu o tom. Falou mais grosso. Infelizmente, o intento parece ser o mesmo: ser chamado de volta. E, para tanto, fez uma ameaça em tom de chantagem. Ou uma chantagem em forma de ameaça: “Eu sei demais”.
Ocorre que ao fazer tal afirmação, Wiginis entra num caminho sem volta. Mesmo querendo voltar.
É que ao dizer que sabe muito, o vereador revela, sem querer querendo, que a gestão Allyson Bezerra tem coisas não republicanas. A ameaça -chantagem de Wiginis torna ainda mais suscetíveis à necessidade de investigação as denúncias de todos já sabidas: corrupção, irregularidades, nepotismo, uso da prefeitura para fins eleitoreiros, etc, etc, etc. Sorocaba é bem ali.
Então, por tudo o que disse que sabe, Wiginis tem uma grande dívida com seus eleitores e com Mossoró: levar às autoridades judiciais e policiais o que está sabendo.
Em seu segundo mandato, Wiginis já deve ter sido alertado por sua assessoria jurídica que não comunicar crime do qual tem conhecimento é prevaricação.
Por tudo, isso, é que Wiginis tem muito a fazer. Só não faça chantagem, Wiginis.
Wiginis
O vereador Wiginis do Gás (União Brasil) foi mais um a ser desalojado do ninho governista. Não foi o primeiro. Nem será o último. Também não foi sem aviso. Ele sabia – ou deveria saber – que nenhum esforço que faça para agradar ao prefeito mandão será suficiente para aplacar a ira quando aquele for contrariado. A vaidade doentia do prefeito não permite que ele próprio avalie seus atos.
Wiginis defendeu como poucos – e sem noção – um governo ruim, centralizador, personalista, enganador e falso. Chegou, inclusive, a tripudiar dos outros para agradar a Allyson. Debochou de tantos por se achar parte do governo. Era apenas mais um sendo usado.
Como o prefeito acha que não precisa mais dele, Wiginis foi expulso, chutado, escorraçado, descartado, expurgado. Virou um proscrito. Uma secreção a ser excretada. Pústula a ser evitada.
Wiginis não foi apenas descartado. Foi eliminado, excluído, banido. Expelido, como são os organismos inconvenientes. As substâncias indesejadas. Os resíduos não aproveitados. Os dejetos indesejados.
Triste, mas esperado fim. Previsível desfecho. Uma tragédia da nossa política tratada como comédia da vida pública.
Wiginis parece que não entendeu. Finge que não foi evacuado. Afirma que agora é independente. A declaração só serve para mostrar que o vereador, assim como muitos da bancada governista, não tem vontade própria. Assim como Wiginis, outros também serão expelidos, desterrados, eliminados, afastados.
O achincalhe público a que foi submetido parece não ter sido suficiente para Wiginis passar, de fato, a ser oposicionista. Dizer-se independente soa como alguém que voltará ao primeiro sinal do tilintar de trinta moedas.
Há um racha grande na base do prefeito Allyson Bezerra (União Brasil). Pelo menos metade dos seus integrantes tem dito que não vai apoiar a candidatura da primeira dama Cíntia Pinheiro a deputada estadual.
Os primeiros estragos já estão sendo contabilizados. Tirano, Allyson Bezerra tem agido bem a seu modo. O que o Boca da Noite tem dito há tempos, o vereador Wigninis do Gás (UB) vem denunciando na prática.
Segundo o parlamentar, o prefeito o expulso da bancada governista porque ele se recusou a aceitar apoiar o projeto do gestor de fazer da própria esposa deputada.
Mais do que comprovar o estilo autoritário com que Allyson faz política, a denúncia de Wiginis derruba de vez a máscara de Allyson, que se traveste de político progressista. O episódio com Wiginis do Gás traz uma certeza: Allyson é muito do que os políticos da velha política que ele critica.
Veja a denúncia feita por Wiginis
A Câmara Municipal de Mossoró voltou a ser palco, mais uma vez, de cenas lametáveis. E de novo, protagonizadas por parlamentar governista.
O vereador Wiginis do Gás (União Brasil) exaltou-se durante a sessão desta terça-feira, demonstrando descontrole emocional e passou a proferir ameaças e xingamentos ditrecionadoas ao ex-presidente do Legislativo, Jorio Nogueira.
Durante a discussão, Wiginis, de dedo em riste, teria chamado Jório de “palhaço” e o desafiado a irem para fora do plenário.
Além de não ter um mínimo de equilíbrio emocional, Wiginis (foto abaixo), integrante da bancada de apoio ao prefeito Allyson Bezerra (União Brasil) desrespeitou a figura de um ex-presidente da Câmara.

A Câmara de Mossoró vai dar adeus, nos próximos dias, ao gasto de papel. Isso será possível a partir de projeto de lei proposto pelo vereador Wiginis do Gás (Podemos) e aprovado à unanimidade pelos parlamentares mossoroenses.
O projeto de resolução, aprovado no último dia 14/9, muda o regimento interno da Câmara Municipal de Mossoró e altera a rotina de protocolos das proposições, deixando o processo totalmente virtual.
Antes, para fazer um projeto de lei, uma proposição, uma indicação ou um requerimento, era necessário, além do processo já iniciado virtualmente pelo sistema da Câmara, que fosse impresso em três vias em papel. Somando os 23 vereadores que podem apresentar 10 matérias por semana, o gasto mínimo de papel nos quatro anos de mandato seria de cerca de 132.480 folhas. Além disso, ainda teria que somar gastos com impressões e com tonner.
O projeto de resolução aprovado vai gerar economia, ajudar o meio ambiente, além de tornar o processo mais rápido sem perder a segurança, utilizando a assinatura digital, já validada pela lei 10.543 de 13 de novembro de 2020. Também há redução de gastos com papel na Câmara, aumento da produtividade, diminuição da burocracia e segurança no arquivamento das proposições, que também será todo virtual.
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