Os professores da rede municipal de ensino de Mossoró decidiram, em assembleia realizada na tarde desta quinta-feira, 31/3, tirar indicativo de greve para o próximo dia 6 de abril.
O anúncio da paralisação é uma resposta à ardilosa decisão do prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade) de alterar o Plano de Carreira, Cargos e Remuneração (PCCR) do magistério. Além de tentar acabar com a carreira dos docentes, Allyson, ao alterar o PCCR, também descumpriu acordo feito com a categoria, por meio de seus representantes, em mesa de negociação.
O prefeito deu, nessa sexta-feira, 1/4, demonstração de que seguirá firme em seu propósito de prejudicar a fundo os professores. E da forma mais torpe e maldosa possível. O gestor age em várias frentes nessa sua maquiavélica intenção.
A primeira, e desonesta ação, tem sido colocar a opinião pública contra os trabalhadores. Os canais de comunicação da prefeitura repetem à exaustão que o prefeito deu um percentual de reajuste acima daquele definido pela lei. E é verdade. Mas a greve não é por causa do aumento, embora o pagamento será feito em 7 parcelas num período de 19 meses. A categoria aceitou o parcelamento e o prazo, desde que não se mexesse no plano de carreira. Os docentes cumpriram sua parte. Foram ao trabalho, enquanto o prefeito agiu como hiena trapaceira.
Desleal, Allyson busca colocar os trabalhadores contra o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (SINDISERPUM). Há tempos age nesse sentido. Na Câmara Municipal não falta quem realize esse trabalho sujo. As tentativas criminosas se tornaram mais fortes nos últimos dias.
O prefeito escolheu uma personagem importante para os docentes para atingir no seu desejo de intimidar a categoria. A professora Marleide Cunha, dirigente do SINDISERPUM e também vereadora, “foi a escolhida para Cristo”. Parte da mídia controlada pelo prefeito tenta passar para os mossoroenses a falsa ideia de que a greve tem a intenção de catapultar uma pretensa candidatura de Marleide a deputado estadual. Versão mentirosa de uma estratégia vil. Há até parente de secretário do governo Allyson espalhando textos com essa versão em grupos de rede social. Prática goebbesliana.
Ainda no desejo maléfico de colocar a sociedade contra os trabalhadores, Allyson escalou alguns dos seus assessores para ocupar, hoje, espaço na mídia vendendo a narrativa ilusória e falsária.
São atos que apontam o quanto Allyson investe para prejudicar os professores. Ao mesmo tempo em que tenta passar para a população que valoriza o servidor, a gestão Allyson enfrenta insatisfação dos servidores, que respondem com protestos, manifestos e greves. Os professores são mais uma categoria que não se submete aos arroubos autoritários, à retirada de direitos e às mentiras palacianos. E estão disposto a enfrentar tudo para mostrar a todos a verdadeira face do governo Allyson: perseguidor, autoritário e vingativo.
