A peça, a propaganda e a perspectiva

por Ugmar Nogueira
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Ainda estão lá os adesivos. Nos carros, estampados em quase toda a parte do vidro traseiro. Nas casas, presentes em paredes, muros e janelas. E insistem em permanecer. Seguem seus desfiles pelas ruas das cidades. De todas elas, em todo o país.

Harmonizando cores, alegram ambientes, mas tem importância mesmo pelo que representam. Simbolizam uma alegria futura. Preconizam uma felicidade vindoura. Prenunciam novos – e necessários – tempos. Sem a atmosfera pesada que pesa sobre nosso país há cerca de quatro anos. Sem o pesar do uso de uma tonalidade para simbolizar o caos.

São peças publicitárias que trazem muito mais que a mensagem de um candidato. Denotam que a democracia venceu. Que a esperança suplantou o medo. Que a angústia deu lugar ao alívio. Que a vontade de viver vai superar o desejo de matar. Que a magia da vida se sobrepujará às pulsões de morte.

Os adesivos seguem expostos porque há uma clara demonstração de que muita gente perdeu o medo de exibi-los. De que após tudo que se passou, nada mais amedronta o povo. Há no coração dos sensatos a certeza de que a civilização superou a barbárie. De que democracia é maior de que a ditadura.

As cores voltaram a simbolizar a alegria, a felicidade e a esperança de que tudo poderá ser melhor. E será. Para a maioria das pessoas, nunca foi tão bom exibir um adesivo. Nunca uma peça de propaganda política simbolizou tanta coisa boa. Os que valorizam a bondade sabem qual é.

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