Cropped shot of two businessmen shaking hands while money passes hands under a table

Gestão Allyson pagou, de forma suspeita, R$ 539 mil em diárias durante montagem da decoração natalina

Além do pagamento a servidores já remunerados para realizar o serviço, há suspeitas de superfaturamento em vários itens da decoração natalina

por Ugmar Nogueira
A+A-
Reiniciar

É cada vez mais escandalosa a suspeita de superfaturamento no contrato da decoração natalina de Mossoró. Os números até agora apresentados pelo vereador Cabo Deyvison (MDB) a partir de documentos apresentados pela própria gestão Allyson Bezerra (União Brasil) mostram que há muito a ser explicado pelo prefeito e por sua bancada na Câmara Municipal.

Allyson precisa dizer porque pagou R$ 539 mil em diárias a trabalhadores que montaram a decoração. O detalhe é que, segundo o parlamentar, o trabalho foi feito por servidores do município. Ou seja, os servidores já estavam pagos para fazer o serviço. O questionamento que o prefeito precisa responder é: para onde foram os R$ 539 mil que teriam sido pagos a título de “diárias”. “Os próprios documentos mostram servidores da prefeitura trabalhando”, denuncia o parlamentar.

Também é volumoso o total que a gestão Allyson Bezerra diz ter pago com alimentação: R$ 137 mil em alimentação. Os absurdos não param por aí. O prefeito disse que pagou R$ 142 mil em aluguel de um munck. O detalhe: o município tem um munck.

“Não queremos acabar com o Natal. Queremos acabar com a safadeza. Queremos transparência”, aponta o vereador Cabo Deyvison.

Segundo ele, a Prefeitura mostrou uma pilha de papel como se isso significasse algo. “Licitação hoje é digital. Papel não é prova de nada”, apontou.

No caso da bancada governista na Câmara Municipal, há duas questões graves. A primeira delas é que eles tem rejeitado os requerimentos que a oposição apresenta para analisar o contrato. E ,para piorar, tem manipulado a análise dos papéis que o prefeito enviou ao Legislativo. “Em poucas horas disseram que já estava tudo analisado. Isso é impossível”, avalia o vereador.

Segundo Cabo Deyvison, há muita coisa a ser explicada em relação ao contrato. O vereador mostrou que um tubo pelo qual a prefeitura pagou R$ 694,00, ele mesmo comprou igual e pagou apenas R$ 89,00. “Se a mão de obra é pública, o povo tem direito de saber o que está sendo pago à empresa”.

Publicidade

Postagens relacionadas

Deixe um comentário

* Ao usar este formulário, você concorda com o armazenamento e o manuseio dos seus dados por este site.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Assumiremos que você está ok com isso, mas você pode optar por não participar se desejar. Aceitar Leia mais