Rio de Janeiro - A Universidade Estadual do Rio de Janeiro(Uerj) volta às aulas. De acordo com os diretores, a decisão pela volta deve-se ao avanço no restabelecimento das condições mínimas de limpeza, manutenção de elevadores e segurança e à preocupação com o enorme prejuízo que os sucessivos adiamentos vêm impondo aos estudantes de graduação e do Colégio de Aplicação (CAP). Profundamente atingida pela crise financeira do governo fluminense, a Uerj adiou cinco vezes o início das aulas referentes ao segundo semestre de 2016. (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

O roteiro da maldade seguido por prefeitos no RN para não pagar o reajuste do piso aos professores

por Ugmar Nogueira
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Silêncio por um longo período. Discurso vazio para ganhar tempo. Propostas vergonhosas. E tentativas de colocar a população contra os professores. Esse é o roteiro utilizado por quase todos os prefeitos de cidades no Rio Grande do Norte que estão se recusando a cumprir a lei e pagar o reajuste do Piso Salarial Profissional Nacional do Magistério.

São inúmeros os exemplos recentes de chefes de Executivos municipais que não fogem a essa regra. Em Baraúna, por exemplo, a prefeita Divanize Oliveira (PSD) ofereceu, inicialmente, 6% de reajuste, muito distante dos 33,24% legalmente definidos para esse ano. Depois, aumentou para 13%, mas muito pouco diante do que os docentes tem direito.

Em Campo Grande, o prefeito, Francisco das Chagas Eufrásio Vieira, o Bibi de Nenca (MDB) ofereceu pouco mais de 10% de reajuste. A proposta, vergonhosa, foi rejeitada pelos professores.

Vergonhosa e inaceitável também é a situação do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (Solidariedade) que após mais de dois meses dando chá de cadeira no Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (SINDISERPUM) recebeu a entidade para dizer que não tem proposta. Mais desrespeitoso, impossível.

Em Caicó, o prefeito Tadeu Alves dos Santos, o Dr. Tadeu (PSDB) apresentou aos docentes o impacto do reajuste na folha de pagamento e ofereceu um reajuste de 15%. A proposta vai ser analisada pelos professores.

Em Santana do Matos, a prefeita Maria Alice Silva, a Alice de Assis (Republicanos), sugeriu 10% de reajuste para o piso e ainda condicionou à retirada de outro benefício dos docentes. Não falou sobre como e quando pagará os 23,24% e também como quitará o retroativo. A categoria se prepara para deflagrar greve.

Em Governador Dix-sept Rosado, o prefeito Arthur Vale (DEM) ofereceu, após muita espera, 13%. O percentual desagradou a categoria, que se reunirá em assembleia para analisá-la. Informações extraoficiais é de que a rejeitarão.

O roteiro, via de regra, se mostra criminoso, desrespeitoso e vergonhoso. É um crime porque se constitui em artimanha para descumprir a lei 11.738. Também é um desrespeito porque desconsidera a importância e a contribuição dos profissionais da educação para os municípios. E uma vergonha, porque se revela como estratégia dos prefeitos para fugir da responsabilidade com um importante setor da vida em sociedade, a educação.

Os professores reagem às investidas dos prefeitos de descumprir a lei com mobilizações, pressão nas redes sociais, protestos presenciais, e articulações para deflagrações de greves.

 

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