Caiu como uma bomba, no Palácio da Resistência, a queda na avaliação da gestão Allyson Bezerra (União Brasil). Esse fato traz duas grandes preocupações para o governismo.
A primeira delas é que a queda na boa percepção da população sobre o governo tende naturalmente a reduzir o capital de votos. Obviamente, que além de diminuir a boa vantagem que Allyson tem hoje, isso significa a fuga de votos para candidatos adversários. Atualmente, quem tem conseguido convencer essa parte do eleitorado é o ex-vereador Genivan Vale, pré-candidato a prefeito pelo Partido Liberal (PL). Isso, explica, em parte, o crescimento que o ex-vereador teve na nova pesquisa em relação ao levantamento anterior: cerca de 4%.
Genivan tem conseguido mostrar, aos poucos, como de fato é a atual gestão municipal: muita mídia e pouca ação.
A outra – e maior – preocupação – é a redução das chances de uma vitória arrasadora. Allyson quer ganhar com 80% dos votos válidos. Não é só uma vontade de sua quase doentia megalomania. É o cartão-postal para sua campanha ao Governo do Estado.
Para estabelecer seu projeto de império no Estado, Allyson depende de uma vitória consagradora e arrebatadora em Mossoró.
É isso que fará com que os pontos negativos de sua candidatura ao governo do Estado (traições, a arrogância, a quebra do discurso) sejam minimizados. Os caciques da política potiguar não engolem a versão humilde de Allyson e a narrativa de que não se aliar a oligarquias. A aliança com o ex-senador Zé Agripino confirmou que tudo não passava de balela.
Perder 17% pontos entre uma pesquisa e outra, na visão de Allysson, não atrapalha sua reeleição em Mosssoró, mas no seu cículo político próximo (e pequeno) a constatação é de que não arruína as pretensões locais de Allyson, mas tem o poder de deixar apenas na ideia o seu megalomaníaco projeto de poder estadual. Essa é a ameaça real e que tem tirado o sono do prefeito.