Ugmar Nogueira
* Caio César Muniz
Em junho deste ano recebi uma ligação do prezado amigo, médico Pedro Almino, ex-prefeito de Iracema, no Ceará, minha terra natal, mas com raízes fincadas em Mossoró. Queria visitar o Museu Lauro da Escóssia.
Infelizmente para nós, recebemos a informação, por parte de pessoas ligadas à cultura de que o Museu estava fechado para reformas há mais de dois anos e que os serviços estavam parados a espera da renovação de contrato já com uma segunda ou terceira empresa.
Com muita peleja conseguimos adentrar ao museu, mas avisados de que “não reparassem na bagunça”. O que se viu, foi extremamente desolador: um amontoado de coisas, sujeira pra todo lado e nenhum serviço sendo realizado no local. A “reforma” já vinha da gestão anterior e já se havia consumido alguns milhares de reais.
Há pouco mais de um mês, eu, que estou fazendo uma pesquisa nos arquivos do velho O Mossoroense de guerra, precisei buscar apoio nos arquivos do museu e, da porta, fechada, pude observar que tudo estava tal qual ao dia que fui com Pedro e sua equipe.
Esta semana fui surpreendido com a notícia de que o Museu será reinaugurado, inclusive com uma “ampla reforma”. Não vi, no entanto, nos últimos meses, nenhuma notícia sobre a retomada dos serviços naquela casa de memória, o que causa muita estranheza, tendo em vista o perfil extra-super-midiático do atual gestor. Nenhuma linha.
Em dois meses e meio foi feito o que não foi realizado em mais de dois anos? Realmente nunca na história de Mossoró uma reforma de um bem público recebeu investimentos e teve sua conclusão realizada em tão curto tempo. Que se olhe assim para outros equipamentos, como a Biblioteca Pública Ney Pontes Duarte com seu eterno elevador quebrado e sua estrutura, no mínimo “enfeiada” pelo passar dos anos, sem sequer uma pá de caó.
Por falar em elevador, havia no projeto de reforma do Museu, a perspectiva de instalação de um para acesso à parte superior da antiga Cadeia Pública de Mossoró. Foi colocado? Na próxima semana irei visitar a sede revigorada. Estou de fato muito curioso para testemunhar este milagre dos santos de Mossoró.
Jornalista e poeta
2 comentários
Realmente não sei como foi este milagre. Pois, passo ali todos os dias e não vi movimento de trabalhadores.
Entendo que algumas dessas reformas que estão em andamentos em alguns setores da administração do prefeito Alysson é muito demoradas, além das demoras são várias empresas que ficam se nevesando nessas reformas, e os valores dos serviços prestados por essas empresas a prefeitura lá nas alturas, conheço uma UBS que teve três empresas fazendo por mais de 18 meses uma pequena reforma. Por quanto saiu essa pequena reforma? Só as três empresas e o prefeito sabem esse custo final.