* Souza Junior

 

Eis Horácio.
Ao mundo e submundo
Miscigenado.
Nem branco , nem preto, pardo de mameluco.
Pobre se fez. Rico se faz!
Aquinhoado no uso, feliz no transcurso.
Resiste, Horácio.
Estais solto, Horácio.
À sua época
jamais!
Herói do sertão
Senão do alto louvor, cantado em prosa pelas mercadantes…. E festejado pelas pedantes.
Prenda Horácio, Clodoaldo.
Sem paz
No segrego do baseado
Não foi difícil
Simples, vão -se os feitos.
Fica o espírito
Afinal, quem és tu, Horácio?
Ficaste, se ficaste, sem culhão, resta ilusão.
Não eras herói do sertão, lhe resta canto do louvor.
Só uma mera desempregada a te cantar
Pedantes a te insultar.
Solta Horácio, Clodoaldo.
Ah Horácio, não fizeste uma aluada atual
Teria toneladas,
Mil fãs e muitos afãs naquela emissora
Podes ter uma certeza
Serias não só rei do alto do louvor, serias também “rei do sertão”
Se quisesse, governador.
Do mundo, ou submundo.
Tenha fé e descanse em paz, Horácio.

 

* Advogado

 

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