A única chance de salvar as escolas municipais de Mossoró

por Ugmar Nogueira
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* Márcio Alexandre

 

Quem acompanha Mossoró de forma objetiva, sem paixões e por diversas fontes – e não apenas pelas redes sociais do prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade) – sabe o quanto a gestão atual vive de maquiagem e de gastar o dinheiro público indiscriminadamente.
Um dos setores que mais sofrem com a gestão faz-de-conta de Allyson é a educação. Profissionais do setor sentem na pele a ira do gestor. Nunca se viu, em toda a história da cidade, alguém que tenha tanta raiva da educação.
A gestão Allyson acabou esse ano com as duas semanas de recesso escolar do meio do ano. O prefeito também fez de tudo para não pagar o reajuste do piso salarial do magistério. Quando se viu obrigado a fazê-lo, parcelou o percentual em quase dois anos. Além disso, não pagou o retroativo.
Midiático, aproveitou que a ex-prefeita Rosalba Ciarlini ( PP) deixou 0.42% sem ser pago e acresceu ao percentual desse ano, apenas para ter discurso. Para ele, “o maior reajuste”. Para os professores: a pior enganação.
Além de tratar os profissionais da educação da pior forma possível, Allyson também massacra os gestores escolares. Sob ameaça de demiti-los, o prefeito obriga-os fazer tudo o que ele quer. Essa postura coloca a autonomia das escolas em grande risco.
O uso das unidades de ensino para proselitismo político ainda hoje é criticado por muitos gestores escolares.
Presidido pela professora Gilneide Lobo, que integra a equipe de gestão da Secretaria Municipal da Educação (SME), o Conselho Municipal da Educação (SME) não vê nada de errado nisso.
Por tudo o que se vê e se sabe sobre a intromissão indevida de Allyson nas escolas, só há uma alternativa para salvá-las: exigir a implantação da gestão democrática nas escolas. O Plano Municipal da Educação (PME) há anos espera o cumprimento dessa meta.

Com a gestão democrática, se evitaria, inclusive, o que acontece com que são ameaçados  com abaixo-assinado por alguns pais sempre que um gestor toma alguma decisão que os desagradam.
Além de exigir o pagamento do reajuste do piso, inclusive sem abrir mão do retroativo se o prefeito demorar a cumprir a lei, os professores precisam enfrentar a luta pela gestão democrática.
Os docentes deverão colocar esse ponto de pauta como inadiável e somente por os pés nas escolas em 2023 quando os gestores eleitos pelo voto da comunidade escolar forem nomeados. Nem que seja preciso fazer a maior greve da história de Mossoró.

A educação ficará eternamente grata. Porque com gestor autoritário, escolas sem autonomia não são unidades educacionais. São ferramentas de opressão.

 

 

* Professor e jornalista

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