Alckmin deixa Índia com acordos e contratos bilaterais na bagagem

por Ugmar Nogueira
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Ao encerrar a viagem oficial à Índia nesta sexta-feira (17), o vice-presidente Geraldo Alckmin – que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços – embarcou de volta ao Brasil com acordos e contratos bilaterais na bagagem. Um dos anúncios foi a ampliação do chamado Acordo de Preferências Tarifárias do bloco Mercosul – que reúne Brasil, Paraguai, Uruguai, Chile e Bolívia – com a Índia. 

Em coletiva à imprensa antes de deixar a capital Nova Déli, o vice-presidente relatou que há uma chance de aumentar o intercâmbio comercial entre os dois países e com o Mercosul:

“O nosso acordo Mercosul-Índia, o número de linhas tarifárias é pequeno, ele abrange poucos produtos, e esse trabalho que vai começar, a gente acredita que em dez meses a gente possa concluir, ele tem exatamente esse objetivo, que é de ampliar o comércio, as chamadas preferências comerciais. Esse é o desafio. Nós estamos muito confiantes nesse trabalho.”

Ao fazer o balanço dos três dias no país asiático, Alckmin também anunciou um acordo de parceria entre a empresa indiana Biological e a brasileira Fiocruz para cooperação em pesquisa tecnológica e inovação com foco em vacinas. Ao lado de Alckmin, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, comentou a parceria:

“Um acordo de produção comum de vacinas já produzidas pela Bio E e outros produtos, como medicamentos oncológicos, terapias avançadas. Saímos também com um acordo reforçado entre a Anvisa, responsável pelo registro dos produtos, com a CDSCO para acelerar o registro de produtos fabricados na Índia para acessar o mercado brasileiro.”

Embraer inaugura escritório em Nova Déli

Como um dos últimos compromissos na Índia, Geraldo Alckmin participou da inauguração de um escritório da principal fabricante de aviões no Brasil, a Embraer, na capital Nova Déli. Na ocasião, ele destacou o plano para expandir a presença da indústria brasileira no país asiático, como o de parceria entre a Embraer e o grupo indiano Mahindra, que prevê negócios envolvendo a aeronave C-390 Millennium, utilizada como transporte militar e de uso estratégico, inclusive no combate a incêndios.

Esse acordo prevê ações conjuntas para o desenvolvimento e a produção do cargueiro multimissão C-390 Millennium na Índia. Esse acordo reflete, por um lado, o programa “Make in India”, que estimula a produção local, o adenso tecnológico e a formação de capacidades nacionais. Por outro, a política brasileira de neoindustrialização, que orienta a Nova Indústria Brasil”, destacou Alckmin.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, também anunciou que o Brasil, por meio da Petrobras, vai vender seis milhões de barris de petróleo à Índia ao longo de um ano. Segundo Alckmin, o governo brasileiro espera aumentar o comércio Brasil-Índia para US$ 15 bilhões ainda este ano, com meta de chegar a US$ 20 bilhões até 2026.

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