Acomodar aliados e correligionários na máquina pública é prática comum e corriqueira na política brasileira. É natural que quem ajudou um prefeito governador ou presidente a se eleger seja recompensado de alguma forma. Em alguns casos, no entanto, os gestores abusam da falta de bom senso e fazem do serviço público mero cabide de empregos. Dão cargo, mas sem ocupação. Pagam, mas não cobram retorno.
É o que está acontecendo com o prefeito Allyson Bezerra (UB), por exemplo. O gestor mossoroense cria cargos a rodo apenas para beneficiar os seus. Sem que estes deem qualquer contrapartida pelo dinheiro que vão receber a título de remuneração.
Três exemplos são significativos dessa situação. Allyson criou a Secretaria Municipal de Governo somente para acomodar o engenheiro Brenno Queiroga. Não se sabe de uma única obra, atividade ou serviço que a tal secretaria de governo tenha pensado, planejado ou executado.
A mesma secretaria está sendo ocupada agora por Marcos Antônio Bezerra, eleito vice na chapa de Allyson. Até começar a receber os proventos de vice-prefeito, Marcos ficará com o gordo salário de secretário. O que vai oferecer aos mossoroenses em retribuição? Ninguém sabe, ninguém viu. Provavelmente não verá.
O terceiro exemplo tem o nome de Thiago Marques (foto) no foco. Thiago, eleito vereador, vai ocupar a Diretoria Executiva de Segurança Viária. O engraçado é que o tal cargo estava vago, o que sugere ter sido criado apenas para acomodar alguém do interesse de Allyson. No caso, Thiago, que deverá ser escolhido pelo prefeito para “pastorar” a Câmara Municipal nos dois primeiros anos da próxima legislatura.

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