O prefeito de Mossoró, que dá por ganhas as eleições desse ano, pavimenta o caminho para a disputa de 2026, quando pretende ser candidato a governador. E o faz com o jeito Allyson de fazer política: com bravatas, mentiras e omissões.
O prefeito, em entrevista à imprensa de Natal, disse que estava disposto a ajudar o Governo do Estado na obra do desvio da BR-304, em trecho que foi interditado por conta das chuvas. Allyson tenta se capitalizar com o sofrimento dos potiguares.
Primeiro, propôs um convênio com o Governo do Estado para resolver o problema. Canalhice das canalhices, não disse aos ouvintes que a obra é de responsabilidade do Governo Federal. Uma mentira sutil. Uma maneira de desavisados pensarem que a culpa é da gestão estadual.
Não dá para culpar a governadora Fátima Bezerra nem pelo ocorrido (as chuvas foram o causador da situação), nem pela demora na resolução (o DNIT, que toca os serviços, é órgão federal). Aliás, nem o DNIT é culpado pela lentidão na resolução, pois a demora é fruto justamente das condições climáticas.
O prefeito disse que poderia ajudar com maquinário. “Esqueceu”, não quis dizer, omitiu, que os equipamentos que ele está oferecendo são aqueles que Rogério Marinho mandou para Mossoró e que foram adquiridos no bojo do escândalo conhecido como Tratoraço.
Oferecer ajuda ao Governo do Estado é apenas bravata. Primeiro que Allyson não faria a parceria. Segundo, que o prefeito de Mossoró, quando procurado pelo Governo estadual, ano passado, para emprestar um tomógrafo, negou solenemente. O equipamento segue encaixotado, mesmo com a população precisando.
Para Allyson, a campanha de 2026 já começou e ele já está no jogo. Pelo episódio de ontem, fazendo jogadas desleais e dando golpes rasteiros.