Reconhecendo e promovendo o valor histórico, estruturante e cultural do Alto Oeste potiguar, o Governo do Estado do Rio Grande do Norte criou a primeira área de Conservação Estadual de Proteção Integral na região: o Monumento Natural Cavernas de Martins – MONA Martins. A criação ocorreu com a publicação do Decreto nº 31.174 na última sexta-feira (29).

Com uma área de 3.538,45 hectares de bioma caatinga e um perímetro de 39,14 km, além de Martins, o MONA abrange os municípios de Umarizal e Portalegre que estão na Zona de Amortecimento, área estabelecida ao redor da Unidade de Conservação, e são beneficiados com a iniciativa. Diretor do Idema, Leon Aguiar explicou que a partir de agora a área compreendida receberá proteção integral das cavernas, da caatinga, bem como uma maior atuação do órgão.

De grande importância biológica e ambiental, a região é rica em afloramentos rochosos, inselbers e grutas, que compõem a paisagem local. Tem mapeadas 92 cavidades naturais, sendo 78 cavernas – que apresentam registro fóssil, pinturas rupestres e elevada diversidade biológica.

São atrativos conhecidos de Martins, município serrano distante 370km da capital, a Pedra do Sapo, a Pedra Rajada e a Casa de Pedra, que é a segunda maior caverna em mármore do Brasil, e a maior do RN em volume interno, destacando-se em meio à vegetação de caatinga.

A subsecretária de política e gestão turística da Secretaria de Estado do Turismo, Solange Portela, disse que está é mais uma ação do Governo do Estado para valorização e divulgação de Martins como importante destino turístico no RN. “Essa iniciativa fomenta o turismo ecológico da região do Alto Oeste e fortalece o desenvolvimento sustentável do estado, aliando às outras ações da Setur como recém criação da Rota do Frio, que Martins integra.”

A prefeita de Martins, Maria José Gurgel Costa de Oliveira, destacou: “Estamos muito felizes por esse reconhecimento, que vem para valorizar nosso turismo. Há 10 anos que queríamos essa área preservada.”

A criação do Mona promove a proteção de espécies da fauna e da flora, enfrentamento às mudanças climáticas, ordenamento e estruturação da visitação e do turismo e incentivo às práticas sustentáveis de agricultura e pecuária.

“Atualmente, estamos focados em criar outras áreas de conservação. Estamos estudando pelo menos 10 potenciais áreas que também podem ser tornadas áreas de conservação”, pontuou Leon Aguiar.

CONSELHO E ECOPOSTO

Além de oficializar a criação da nova área de Conservação Estadual, o Decreto instituiu ainda o Conselho Gestor do MONA Cavernas de Martins, órgão público colegiado, de caráter consultivo e integrante da estrutura desconcentrada do Idema. O grupo, formado por representantes da sociedade civil e do poder público, deverá ser presidido pelo representante do Idema. A formação será publicada em portaria do órgão.

O local receberá um Ecoposto – sede administrativa da Unidade – a ser construído com materiais sustentáveis. Contará com mirante, sala multimídia e de exposição, auditório, dormitório, banheiros, cozinha e administração.

Trata-se de um espaço para as reuniões e encontros do Conselho Gestor da Unidade, além de ser um local para os pesquisadores e estudantes realizarem pesquisas científicas.

 

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