Ugmar Nogueira
A presidente da Associação dos Pais e Amigos dos Autistas e TDAH de Mossoró e Região (AMOR), Graça Nunes, enviou nota à Redação do Portal Na Boca da Noite em que questiona a matéria intitulada O Silêncio inexplicável da Amor. Veja abaixo na íntegra:
“Utilizando-se do DIREITO DE RESPOSTA, com assento constitucional, mediante previsão no art. 5º, V, da Carta Magna e disciplinado pela Lei nº 13.188/2015, a Associação AMOR, enquanto entidade representativa, vem a público, a fim de esclarecer o equívoco praticado, através de publicação do dia 03/04/2025, onde o Portal Na Boca da Noite, em sua página Cotidiano, o qual inseriu a seguinte matéria: O silêncio inexplicável da Amor. “Entidade que atua na defesa dos autistas e pessoas com TDAH “se fingiu de morta”, enquanto o prefeito agia para prejudicar a inclusão.
Sendo assim, percebendo o equívoco praticado em razão da informação veiculada, gerando ofensa a honra, a imagem e a reputação da entidade AMOR, necessário se faz vir a público a fim de esclarecer os fatos e evitar danos irreparáveis que possam advir, através de futuros comentários realizados por usuários da internet nas páginas eletrônicas do referido canal.
É preciso esclarecer que a AMOR, sempre buscou participar de todas as reuniões, discussões, atividades e quaisquer ações relacionadas com temas que são inerentes aos propósitos buscados e defendidos pela entidade, na medida em que surgirem as oportunidades.
Na última segunda-feira, dia 31/03/2025, representantes da entidade AMOR estiveram reunidos na Câmara Municipal para tratar sobre o PL 115/2025, que trata sobre o Programa Incluir. Já no dia 02/04/2025 (quarta-feira), participou-se, novamente, de reunião com representantes dos poderes executivo local, legislativo e secretaria de educação, dentre outros participantes, onde foram apresentadas as contribuições e sugestões ao Projeto de Lei (PL) 115/2025.
Ademais, é de se ressaltar que a postura da AMOR, sempre foi e continuará sendo do diálogo respeitoso e harmonioso. Pois, a luta por inclusão é diária e de responsabilidade de todos e todas, devendo prevalecer sempre o respeito entre os envolvidos.
Portanto, em momento algum, a entidade AMOR silenciou quando teve a oportunidade de discutir e tratar de temas relacionados com os fins almejados pela Associação. Pelo contrário, a Entidade atua, de maneira ética e transparente, na defesa das pessoas com transtorno do espectro autista (TEA) e pessoas com transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), não se fingindo de morta, como foi veiculado na matéria da qual se utiliza, neste momento, do direito de resposta com a finalidade de esclarecer o equívoco na matéria veiculada.
Dessa forma, percebe-se que a matéria veiculada se trata de mero “equivoco” por parte do responsável pela publicação, demonstrando-se ofensa a honra, a imagem e a reputação da entidade AMOR e daqueles que a compõem.
Diretoria da Associação AMOR.
Atenciosamente,
Graça Nunes
Presidente da Associação AMOR
Contato: 84 99915-0725
Nota da redação
O Boca da Noite reafirma seu posicionamento sobre a análise publicada em relação à postura da AMOR quanto ao Projeto de Lei 115, aprovado a partir da imposição do prefeito Allyson Bezerra (UB). A própria nota da entidade, enviada ao Portal Boca da Noite reforça esse entendimento. Senão, vejamos:
A representante da AMOR diz que a entidade participou das discussões sobre o PL 115, na Câmara Municipal, dias 31 de março e 2 de abril. Nos canais oficiais da AMOR nas redes sociais não consta essa informação, apesar de a sua presidente afirmar, na citada nota acima, que a AMOR “atua, de maneira ética e transparente”.
E, embora seja atuante na defesa dos direitos das pessoas com autismo e TDAH, não se sabe qual o posicionamento da AMOR sobre o malfadado Programa Incluir. A AMOR, na nota enviada à redação ou em qualquer outro meio de comunicação, não deixou consignado o que pensa sobre a proposta.
Também não se encontra registro sobre o posicionamento da AMOR em relação ao descumprimento do acordo da Câmara Municipal com as mães atípicas e com as entidades que atuam na luta pela inclusão (inclusive a própria AMOR, que afirma ter participado das reuniões dos dias 31 de março e 2 de abril, na Câmara Municipal).
À AMOR e a todas entidades que atuam nessa gloriosa frente a favor da inclusão, o Boca da Noite dedica o máximo respeito e, ao fazer a crítica, não tem a intenção de diminuir sua missão – ao contrário disso. As palavras postas em nosso texto, registre-se, se tivessem o condão de “causar danos irreparáveis”, esses jamais se equiparariam àqueles que o Programa Incluir vai causar na educação de crianças com deficiências, autismo e com TDAH.
Por fim, o Boca da Noite deixa o espaço aberto, como sempre esteve, para que a AMOR apresente suas considerações sobre o Programa Incluir, com a sugestão de que responda aos seguintes questionamentos:
A) A AMOR acredita que o Programa Incluir vai de fato contribuir com a educação de crianças com autismo e TDAH?
B) A AMOR considera adequado que o auxílio a pessoas com autismo e TDAH seja feito por gente sem qualificação, como propõe o Programa Incluir ao permitir que participem da seleção pessoas que tenham como grau de escolaridade apenas o Ensino Médio?
C) A AMOR avalia que pessoas com formação adequada participarão da seleção cuja contrapartida a ser oferecida a elas é uma bolsa de meio salário mínimo?
D) A AMOR fez alguma sugestão de mudança ao PL 115? Qual(ais)? Ela(s) foi(ram) acatada(s)?
E) A AMOR achou correta a quebra de compromisso da Câmara Municipal com as mães atípicas e com as entidades que atuam na defesa dos direitos das pessoas com autismo e TDAH?
F) Quais críticas, sugestões, observações a AMOR fez ao Programa Incluir? Onde elas podem ser encontradas?
Márcio Alexandre
Editor
