Ugmar Nogueira
Jorge Lima Rodrigues é um servidor da Décima Segunda Diretoria Regional de Educação e Cultura (12 Direc) que desenvolve suas funções de auxiliar de serviços gerais com destreza, alegria e dedicação. Para quem acorre ao órgão em busca dos serviços ali prestados, seu Jorge é apenas mais um que contribui para que a máquina administrava funcione.
Em seu olhar calmo, seus gestos discretos e seu andar manso reside um artista. Das letras e das imagens. Do desenho e da escrita. Um talento. Um filósofo da arte. Um artista filosófico.
A arte de Jorge Lima não encanta apenas pelo traço. As frases em cada desenho chamam a atenção. Reflexão na imagem e na mensagem. Carne e unha. Duas metades de uma mesma criação.
Jorge desenha desde os 10 anos. Por puro diletantismo. Com a mesma discrição com que vive. Com a vivência de que faz arte
O início se deu de forma bastante prosaica. “Fiz um desenho a partir do rabisco de outro com folha de seda. A professora pediu pra eu repetir. Eu tinha mentido dizendo que havia feito sem olhar pra nada. Fiquei morrendo de vergonha. A partir decidir que iria desenhar sem olhar pra nada. Direto da minha cabeça”, explica.
A arte de Jorge é única. Conhecida de poucos. Sobretudo daqueles que transitam no mesmo espaço de trabalho que ele. Pela qualidade, merece ser compartilhada com mais pessoas.
Alguns dos desenhos são antigos. Feitos há anos e guardados com carinho. O tempo amarelou o papel, mas não reduziu o brilho da arte. Um patrimônio artístico que precisa ser conhecido por muitos.
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