Foi, politicamente, da maneira mais dura possível, mas o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (Solidariedade) descobriu que gestão não é um processo realizado apenas a partir do que pensa, quer e faz o gestor.
Passadas as eleições estaduais, nas quais Allyson saiu menor do que quando entrou, ele parece ter aprendido duas lições básicas. A primeira é a de que não importa em que condição se encontre sua popularidade junto à população, é preciso reconhecer a colaboração dos demais políticos e entes públicos. A segunda delas é que adversários não são inimigos.
Foi a custo de derrotas que Allyson aprendeu. Ou está aprendendo. Ao não conseguir que seus candidatos ganhassem (Bolsonaro para presidente, Fábio Dantas para governador, Lawrence para deputado federal e Jadson Clayton para deputado estadual), o prefeito de Mossoró se deu conta de que manter uma postura egoísta, afastada e desagregadora não agrega nada. Mais ainda: quando age com uma pitada gigantesca de ingratidão.
Agora, nesse “novo agir” de Allyson, o prefeito, que está encerrando périplo por Brasília (DF), tem postado vídeos, cards e textos em que reconhece a autoria das emendas cujos recursos estão chegando à cidade. É tardio? Sim. Mas é um começo. Pode melhorar? Claro. Desengavetar propostas apresentadas por parlamentares que não integram o seu espectro político íntimo é um passo importante.

Além dos reveses políticos-eleitorais, também conta a favor disso,  cobrança de aliados para que Allyson mudasse a postura. Hoje, essas pessoas esperam que esse novo comportamento seja contínuo e duradouro.
A política, Allyson parece começar a aprender, é a arte da convivência com os contrários, fundamento de qualquer regime democrático. Reconhecer gestos, atos e ações é uma demonstração de respeito, matéria-prima da democracia.

 

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