Negar a ciência, defender remédios sem eficácia para determinado tipo de enfermidades e espalhar fake news, sobretudo relacionadas a fármacos sem indicação médica para algumas doenças foram algumas das ações realizadas por algumas pessoas no Rio Grande do Norte, inclusive médicos, com o intuito de alavancar futuras candidaturas.

Gente como os oftalmologistas Albert e Carla Dickson (marido e mulher) e a infectologista Roberta Lacerda, fez uso dessa estratégia, mesmo em plena pandemia, querendo ganhar visibilidade eleitoral.

Passada a fase aguda da pandemia, eles seguiram defendendo a cloroquina como medicamento a curar a covid, apesar de ser comprovadamente ineficaz para essa finalidade, e até mesmo defendendo um suposto tratamento precoce que nunca existia. Em algumas casos, chegaram até mesmo a levantar dúvidas sobre a eficácia das vacinas.

A narrativa da “bancada da cloroquina” não foi exitosa. Albert Dickson (PSDB) não se reelegeu deputado estadual, nem a esposa conseguiu se eleger deputada federal, a exemplo de Roberta Lacerda (PL).

Albert e Carla (PL) além de não terem sucesso, viram suas votações cair. Em 2018, Albert se elegeu com 31.689 votos. Esse ano, tirou 21.354, queda de mais de 33%, o que o colocou apenas na quarta suplência de sua coligação.

Carla, que havia ficado na primeira suplência em 2018, também permaneceu na mesma posição na disputa de 2022, mas também viu sua votação cair. Ele tirou 60.590 votos em 2018, e em 2022, conseguiu 43.191 sufrágios, redução de mais de 28%.

Já Roberta Lacerda (PL) tirou 14.407 votos, muito distante de uma vaga. O seu partido conseguiu 4 cadeiras na Câmara dos Deputados. O menos votado e que se elegeu, sargento Gonçalves, tirou 56.315 votos.

Cloroquina, pelo menos dessa vez, não se mostrou fermento eficaz a fazer crescer intenções de votos na disputa potiguar.

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