BOMBA: Prefeitura de Mossoró é acusada, em processo judicial, de ter fraudado alvará em favor de empresa

por Ugmar Nogueira
A+A-
Reiniciar

A Prefeitura de Mossoró está sendo acusada, em processo judicial, de ter desrespeitado a legislação para emitir alvará em favor da empresa Usina Brasileira S/A (Usibras). De acordo com a denúncia que consta na ação civil pública no qual a autora, Olívia Siqueira Campos pede a nulidade do alvará de reforma e ampliação, por supostas ilegalidades em sua emissão, ao emitir o documento, o município de Mossoró não teria atentado para o fato de que para a instalação de um supermercado próximo a um posto de combustível, a distância mínima a ser respeitada deve ser de 100 metros.
O citado alvará foi emitido para que a Sendas Distribuidora S/A, proprietária da rede de supermercados Assaí, instale, no local onde funcionou a Usibras, uma de suas lojas. O pedido de alvará foi feito pela própria Usibrás, fato que também é questionado pela autora da ação.
Para Olívia Siqueira, o processo administrativo que resultou na expedição de alvará de reforma e ampliação, de n° 3.521/2022, é eivado de ilegalidade e obscuridades, visto que o citado documento foi emitido em favor da Usibras, uma vez que a proprietária do terreno é FAN – SPE Incorporação e empreendimento, sucedida pela Solidus Mossoró LTDA, e a obra destina se à construção/reforma de loja do Assai Atacadista, de propriedade da Sendas Distribuição S/A.
Além disso, para a parte autora, na verdade a obra não se trata, efetivamente, de uma reforma e ampliação, e sim de uma construção de um novo e grande empreendimento. Acrescenta ainda, na ação judicial, que o empreendimento estaria violando o Código de Obras, Postura e Edificações do município.

Além de pedir a nulidade do alvará,  a autora da ação pediu, de forma liminar,  o embargo da obra.
A Sendas já se manifestou no processo (número  0814117-51.2023.8.20.5106) que tramita na Primeira Vara da Fazenda Pública de Mossoró. Afirmou que quando o alvará foi emitido, não havia obrigatoriedade de respeito à distância mínima de 100 metros entre supermercado e posto de combustíveis.
A prefeitura ainda não se manifestou judicialmente no caso. Contactada pelo Boca da Noite, a secretária municipal de Comunicação Social, jornalista Valéria Persali, não atendeu nossas ligações e nem retornou o contato. Tampouco respondeu a nosso questionamento feito em aplicativo de mensagem.

 

Publicidade
Publicidade

Postagens relacionadas

Deixe um comentário

* Ao usar este formulário, você concorda com o armazenamento e o manuseio dos seus dados por este site.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Assumiremos que você está ok com isso, mas você pode optar por não participar se desejar. Aceitar Leia mais