O futuro engenheiro Victor Santos Carvalho Carneiro foi candidato nas últimas eleições municipais. Ao amealhar 895 votos conquistou a primeira suplência do Solidariedade para a Câmara Municipal de Mossoró.
Após o fim daquele pleito, não se ouviu mais falar em Victor Carneiro, sua identificação como candidato. Hoje, Mossoró tomou conhecimento de que o jovem suplente de vereador ocupa um cargo comissionado na gestão Allyson Bezerra (Solidariedade). O fato não veio à tona por uma ação de Victor como servidor público.
Aliás, pouco se sabe sobre o que ele faz para empalmar mensalmente R$ 3 mil reais (brutos). O que se sabe é que Victor Carneiro esteve na manifestação que os servidores gerais grevistas faziam hoje no Centro da cidade. No meio dos manifestantes, gravava um vídeo no qual assacava contra a líder sindical Marleide Cunha.
“Acho um pouco antiético usar o sindicato para aparecer”, disse Victor Carneiro, numa clara tentativa de intimidação, como fazem os jagunços. Entre desinformação e cinismo, ele tascou: “Marleide está querendo tirar os professores de dentro de sala de aula”. E inundou sua postagem como recortes de matérias ligadas aos docentes. Ao instrumentalizá-lo para agir contra os grevistas, não disseram ao jovem suplente que sequer teve greve de professores.
O Victor foi mais além. “Esse povo precisa de voto”. O rapaz parece ter esquecido que ele também precisou. Aliás, foram exatos 895 votos que o colocaram na condição de suplente. Foram esses sufrágios que fizeram com que ele conseguisse, sem esforço de estudar para um concurso ou uma seleção temporária, ocupar uma vaga de gerente executivo, onde ganha R$ 3 mil reais.
Como o suplente abriu, por conta e risco, a temporada de execrações públicas, e para não ser ele o próximo a constar delas, que diga, em live, postagem, transmissões, ou qualquer coisa que o valha, o que faz para merecer um salário tão polpudo. Para que não se fique pensando que ele é pago com dinheiro público para fazer jaguncismo digital.
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1 comentário
Mais um, dos bem pagos, para defender a gestão do caos. Errou feio, tentando denegrir a imagem dos professores. Vai pagar o preço. Só observando!