Ugmar Nogueira
A maior polêmica da semana em Mossoró foi a aprovação pela Câmara Municipal, do Projeto de Lei Ordinária do Legislativo 136/2023.
A citada lei, aprovada que foi, garantiu o reajuste dos salários do prefeito, vice-prefeito, vereadores e secretários municipais.
A priori, não há, na lei ou em seu percurso, nada que a macule. Mesmo que os aumentos sejam estratosféricos. Apesar de o salário do prefeito aumentar mais de R$ 11 mil.
Mas se percebe que algo está errado em Mossoró quando o prefeito se dana a ir a órgãos de comunicação tentar vender sua narrativa.
Allyson Bezerra quer fazer crer que ele,centralizador que é, narcisista como todos sabem, e birrento como todos veem, não tem nenhuma influência sobre o aumento abusivo. Allyson só faltou dizer que sequer sabe que agentes políticos recebem salários. E que eles são reajustáveis.
Numa das entrevistas que deu para dizer que não tem nada a ver com o aumento salarial, Allyson, que negou reajustar o salário dos professores e do pessoal da enfermagem, omitiu que vai sim ter acesso ao projeto e de que cabe a ele a palavra final. Allyson pode opinar com poder de decisão. Como é projeto de lei, ele pode vetar.
Mas que faça um processo verdadeiro, sem firulas, sem enrolação. Mostre de fato que merece a confiança dos mossoroenses. Afaste essa imagem de pessoa de palavras dúbias e postura duvidosa. Que vete e não oriente,na surdina, para que sua bancada derrube o veto. É a sua grande chance de ter um gesto de grandeza. Sua hombridade está em jogo.
