O vereador Raério Araújo (PSD), o Raério Cabeção, tem se notabilizado, na Câmara Municipal de Mossoró, a atacar. Principalmente as minorias. Seus achaques tem sido, lamentavelmente, cada vez mais recorrentes.
A “metralhadora” de impropérios de Raério já foi disparada contra mulheres, colegas de parlamento e, agora, pasmem, até mesmo contra pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e estudantes pobres.
Alçado ao posto de presidente da honrosa Comissão de Redação, Constituição e Justiça do Legislativo mossoroense, Raério não tem honrado a importante missão. Ao contrário. Ao agir como tem agido, tem apequenado-a.
Não se tem conhecimento de um discurso minimamente inteligível de Raério. Seus discursos são, quase invariavelmente, na base da beligerância. Não se sabe de momentos na tribuna da Câmara em que o vereador tenha apresentado argumentos. Suas falas são quase sempre em tom de revanche ou ameaça. Na base do “falo mesmo “, “comigo é assim ” e “não tenho medo de nada ou de ninguém “.

Se um desavisado acompanhar in loco uma sessão da Câmara quando Raério tiver fazendo uso da palavra terá dificuldade em compreender que se está numa casa de debates. Com Raério, o púlpito vira uma trincheira e, infelizmente, não é no sentido figurado.
Nessa semana, em pelo menos duas oportunidades, Raério atacou. Como diz aquele professor de um famoso seriado da TV, não se sabe por “qual razão, causa ou circunstância”. Mas atacou. De forma virulenta. Sem aviso. Gratuitamente.
Ao se discutir sobre o Dia do Autista, o vereador disse sem meias palavras: “Dia do Autista é dia do nada”. Um desrespeito às pessoas com TEA. Um arroubo contra as minorias. Um acinte a todos que estavam no momento.

O vereador Lawrence Amorim (Solidariedade) ruboresceu. Apesar comedido, Lawrence prostrou mesmo por ouvir o absurdo. Ficou inerte. Imóvel. Sem ação ou reação. Certamente não imaginava ouvir algo tão tacanho. Tão agressivo. Tão desnecessário.
Raério não se dá por vencido e acredita não ter completado ainda sua conta de horrores ditos. Pois bem. O vereador afirmou ser “absurdo” que a lei garanta a crianças pobres vagas em escolas próximas de sua casa.
Vejam bem. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, Lei 8.069/1990), que prevê essa garantia, é lei recepcionada pela Constituição Federal.

Certamente, o princípio da dignidade da pessoa humana é quem embasa essa imprescindível garantia.

Como presidente da CCJ, é de se imaginar que Raério conheça os fundamentos e princípios da nossa Carta Magna. Se disse o que disse tendo conhecimento dos fundamentos e princípios, coloca-se como contrário aquilo que deveria defender enquanto vereador. Condição de hipócrita. Se não conhece, age no mínimo de forma desidiosa. Situação de irresponsabilidade. Pra lamentar.
O Portal Na Boca da Noite tentou ouvir Raério sobre o porquê dele ter chamado o Dia do Autista de dia do nada. Ele não respondeu ao nosso questionamento.

2 thoughts on “Em novo “surto”, vereador ataca estudantes pobres e autistas

  1. É no mínimo estranho que alguém que tem uma página reproduza de forma irresponsável a mesma história do ” nada” onde até o próprio blog pioneiro já fez a correção , mais tudo bem, compreendo que tem a mesma orientação política e não podem fugir as origens de denegrir, difamar e caluniar. Não bastasse a dificuldade de entendimento ou seria a maldade mesmo, ainda vem usar o termo “pobre” onde não existiu, mostrando claramente uma tentativa orquestrada e desesperada de prejudicar o vereador.
    Até pensei em desprezar a leitura desse blog , mais por dever de justiça, vim deixar minha mensagem de repúdio a vcs que suja a imagem da imprensa .

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