Allyson Bezerra (União Brasil), prefeito de Mossoró, é um político a ser estudado. E também a ser investigado. E não é por suposições de quem quer que seja. É por suas ações: suspeitas, obscuras e prejudiciais à cidade.
Os últimos passos dados pelo gestor são uma prova de que entre a política e Mossoró, Allyson prefere deixar suas pisadas sob o signo da desconfiança.
O prefeito passou – entre o final de outubro e início de novembro – 15 dias na China.
Nas agendas oficiais e, principalmente fora delas, Allyson se articulou com ninguém mais, ninguém menos, que com Antônio Rueda.
Presidente do UB, Rueda é investigado por suposta ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC). As suspeitas não são simples. Há investigações que apontam Rueda como sendo dono dos aviões utilizados pelo PCC para transportar drogas.
Não bastasse ser “unha e cutícula” com Rodrigo Manga (Republicanos), o “abençoado” prefeito tiktoker de Sorocaba acusado de atos de corrupção (tendo sido inclusive afastado do cargo), Allyson não se faz de rogado quando é para se articular com gente como Rueda.
Participar de convescotes com um suspeito de integrar uma facção criminosa, como Allyson tem feito, mostra quais são as prioridades do prefeito. O gestor mossoroense encontrou tempo, agenda e motivos para estar com Rueda no continente asiático, mas não se deu ao trabalho de ir a Brasília se reunir com a bancada federal.
O encontro com deputados federais e senadores foi o momento para definição das emendas a que estes tem direito. O prefeito sequer mandou representante. Entre Mossoró e a política, Allyson preferiu se reunir com quem é suspeito de cometer crimes.


