Há 31 anos o Brasil implementava um um grande legado na proteção dos direitos da criança e do adolescente: o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Tendo como princípio fundamental a proteção integral desse público, o marco legal garante direitos como o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização e à proteção ao trabalho, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar. E determina que todos devem zelar por esses direitos: família, sociedade e poder público.
A professora pedagoga e mestre em educação Luzilene Fontes afirma que muitas crianças jovens e adolescentes saíram de situações precárias, como maus tratos, abuso sexual, exploração do trabalho infantil, fome, opressão e tantas outras situações extremas, graças ao Estatuto da Criança e do Adolescente que deu um outro tom a essa realidade. Seria ingênuo achar que tais situações não mais acontecem afirma a professora. No entanto, no dia de hoje em que o ECA completa 31 anos , ressaltamos aqui quão grande foi e ainda é o seu papel na sociedade brasileira.
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Para Humberiana Maniçoba conselheira tutelar da 34ª Zona em Mossoró existe um divisor de águas na história. “Antes do ECA as crianças eram tratadas como objetos, depois do ECA assumiram a condição de sujeito de direitos perante a lei.” Humberiana afirma que hoje o estatuto da criança e do adolescente completa 31 anos de sua existência, em 13 de julho de 1990 nascia o ECA, é com ele a obrigatoriedade Da garantia dos direitos fundamentais de crianças e adolescentes no Brasil.
Pandemia
Para o professor Alexandre Max, a pandemia do novo coronavírus trouxe novos desafios para o cumprimento do ECA. Para ele, se as crianças e adolescentes foram a faixa menos atingida pela covid-19, recorrendo pouco ao Sistema Único de Saúde (SUS), na área da educação, houve grandes deficiências. “A escola faz muita falta para eles. O direito da aprendizagem ficou muito comprometido durante esse período”, analisou.
Longe de utopias ou negações do que ainda ocorre em desfavor à criança, porém, não podemos deixar de ressaltar as milhares de crianças e vidas que foram transformadas, afirma a professora Luzilene Fontes, ela ainda acrescenta que ainda podem ser, por causa da existência do ECA e de pessoas que contribuem aguerridamente na causa da proteção da criança do jovem e do Adolescente.