Feira do Bode movimenta economia e fortalece caprinocultura do RN

por Ugmar Nogueira
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Com estimativa de negócios acima de R$ 1 milhão, será encerrada neste domingo (14/8) a tradicional Festa do Bode, que está sendo realizada no Parque de Exposições Armando Buá, em Mossoró. Considerada a maior feira de caprinocultura do Rio Grande do Norte, e a segunda maior feira de exposições agropecuárias do estado, a caprifeira está na 22ª edição e conta com o apoio da Secretaria de Agricultura, da Pecuária e da Pesca (SAPE-RN).

Realizada por meio da parceria entre o Governo do Estado, Prefeitura de Mossoró e Brisanet, a Festa do Bode conta com visitação de estandes institucionais e comerciais, exposição de animais, torneios leiteiros, leilões e julgamentos, espaço e concurso gastronômico, atrações culturais, cursos e seminários, além de feira de máquinas e implementos agrícolas. A expectativa é que mais de 90 mil pessoas passem pelo Parque de Exposições Armando Buá.

Depois de dois anos de pandemia, a feira retorna com uma característica muito peculiar, pois está inserida no Circuito Estadual de Exposições Agropecuárias do RN. A caprifeira estima a presença de quase mil animais, entre ovinos, caprinos, bovinos e equinos. O foco é a vocação regional, que é a criação de caprinos e ovinos, não só em Mossoró, mas em toda a região Oeste.

O Governo do Estado faz o maior calendário de exposições agropecuárias do Rio Grande do Norte. Isso é um desafio muito grande, o governo do estado aporta recursos, e a gente não faz essa festa só, é necessária a parceria com as prefeituras, no caso aqui com a de Mossoró. A gente vem pra cá para uma cidade, para um polo, para uma região, fazendo uma exposição, mas trazendo também capacitação através dos técnicos da Sedraf, da Emater e da Emparn, levando conhecimento, gerando oportunidade”, esclarece o secretário de estado da Agricultura, Pecuária e Pesca, Guilherme Saldanha.

Saldanha enfatiza que o Rio Grande do Norte retomou as atividades, após as restrições impostas pela pandemia da Covid-19, fazendo o maior calendário de exposições agropecuárias do nordeste. “São 25 exposições, e o governo do estado tem uma atenção muito especial com a agricultura familiar, com os pequenos criadores, com a agropecuária do nosso estado. Aqui em Mossoró, com certeza essa feira vai passar a barreira de um milhão de reais em negócios durante esses quatro dias de evento”, afirma. É uma oportunidade de gerar emprego e renda para essas pessoas que estão trabalhando no evento.

Ele explica que a cidade de Mossoró e a região Oeste têm uma ovinocaprinocultura muito forte, possuindo dentro do município um abatedouro capacitado e com registro para abater animais. “Boa parte da carne com registro consumida no Rio Grande do Norte é processada em Mossoró”.

O Governo do Estado é parceiro, contribuindo financeiramente com R$ 150 mil reais, e está presente com um estande onde estão reunidos Emparn, Emater, Idiarn, Igarn, Idema, AGN, Fapern, Funcern, além da UERN, mostrando as ações e potencialidades da agropecuária no Rio Grande do Norte, aglutinando todas as políticas públicas para o desenvolvimento rural no estado.

A gente teve dia de campo na comunidade São Romão, fizemos palestras no próprio estande da Emater, palestra sobre o Caf (Cadastro Nacional da Agricultura Familiar), que está mudando, e sobre o projeto do algodão agroecológico potiguar, cultivado em três municípios da região – Baraúna, Mossoró e Grossos. A gente apresentou o projeto aqui para quem não conhecia. Participamos também desde a organização até a execução do festival gastronômico, com ênfase nos produtos da agricultura familiar, no qual a base dos pratos tem que ser o bode e outros pratos da comida regional. Também demos curso de inseminação artificial”, explicou Moacir Januário, gestor regional da Emater em Mossoró. No estande havia exposições sobre o Banco de Sementes e as Sementes Crioulas, programas do Governo do Estado.

O pesquisador da Emparn, Guilherme Lima, disse que está viabilizando, junto com a prefeitura de Mossoró e a Ufersa, uma oficina sobre palma forrageira, “que é uma cultura muito importante para a pecuária como um todo”, entre outras ações.

Além da programação científica e comercial, os quatro dias de evento também contam com atrações sociais e culturais, como os shows de música com bandas tradicionais como Cavaleiros do Forró, e atrações locais, com violeiros e repentistas, feira de artesanato e gastronomia, no espaço denominado Vila do Bode, movimentando a economia da região.

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