Do Blog do Barreto
Os números oficiais não deixam dúvidas: Mossoró vive uma escalada vertiginosa de endividamento sob a gestão do prefeito Allyson Bezerra. Os dados do Relatório de Gestão Fiscal (RGF), enviados ao Tribunal de Contas do Estado, mostram que a Dívida Consolidada Líquida do município saltou de R$ 233,2 milhões em 2020 para R$ 509,2 milhões ao final de 2024.
Isso significa um aumento de 118% em apenas quatro anos, ritmo muito superior ao crescimento das receitas municipais no mesmo período. Se comparado a 2016, quando a dívida era de R$ 174,9 milhões, o endividamento atual representa um crescimento de quase 200% em menos de uma década.
Dívida cresce mais rápido que a receita
Enquanto a arrecadação própria e as transferências constitucionais crescem de forma moderada, a dívida disparou em velocidade alarmante. O resultado é que Mossoró compromete parcela cada vez maior de sua capacidade financeira com amortizações e juros, diminuindo drasticamente o espaço para novos investimentos.
Esse desequilíbrio estrutural é perigoso porque mostra que não há planejamento de sustentabilidade fiscal, apenas uma expansão desenfreada de gastos e operações de crédito.
Risco de colapso financeiro
O cenário desenhado pelos relatórios oficiais aponta para uma situação de risco iminente:
Servidores: a expansão da dívida pode comprometer o pagamento regular da folha em médio prazo;
Obras públicas: recursos que poderiam ser aplicados em infraestrutura ficam amarrados ao pagamento de dívidas;
Fornecedores: a tendência é de aumento nos atrasos e calotes, estrangulando empresas que prestam serviços ao município.
Se nada for feito, Mossoró pode mergulhar em um caos financeiro já nos próximos anos, semelhante a cidades que perderam o controle das contas públicas e ficaram marcadas por atrasos salariais e paralisação de serviços essenciais.
Gestão temerária e sem sustentabilidade
O quadro atual evidencia uma gestão temerária, baseada em gastos explosivos e no aumento acelerado de dívidas, sem medidas que garantam um crescimento sustentável das receitas. A cidade corre o risco de ficar refém de um passivo impagável, reduzindo drasticamente sua autonomia e capacidade de investimento.
O endividamento poderia ser aceitável se estivesse atrelado a projetos que aumentassem a arrecadação futura, como obras estruturantes capazes de gerar desenvolvimento econômico. Mas não é isso que os números revelam: Mossoró se endivida muito mais rápido do que cresce sua economia.
Mossoró chega ao final de 2024 com a maior dívida de sua história. O crescimento exagerado e rápido do passivo sob a gestão Allyson Bezerra acende um alerta vermelho: ou há um ajuste fiscal urgente, ou a cidade caminhará para o colapso financeiro em poucos anos.
A população precisa estar atenta. Dívidas contraídas hoje podem se transformar em salários atrasados amanhã, em obras paradas e em serviços públicos cada vez mais precários.

1 comentário
Pra que é que esse vice prefeito está servindo,esse surper endividanento mais 100% ,como podemos conviver com esses políticos,ainda mais comprando mídias como também tirando nis direitos i piso salarial, está na justiça e até agora sem nenhuma resposta.