A gestão Allyson Bezerra (União Brasil) enviou aos órgãos de comunicação com ligação com o Palácio da Resistência, um release (texto oficial) tentando criar uma cortina de fumaça para encobrir um escândalo: o suposto superfaturamento no contrato da decoração natalina.
Para fingir que é transparente, o prefeito sugeriu que os documentos relativos à suposta licitação da decoração fossem entregues ao presidente da Câmara Municipal Genilson Alves (UB). Uma comissão de servidores ocupantes de cargos comissionados levou o calhamaço ao vereador.
A partir disso, foi escrito o release. O propósito é fazer de contas que a gestão municipal Allyson Bezerra age com transparência. Na prática, não passa de um factóide.
O fato (a suposta entrega da licitação da Estação Natal) também serviu para a produção de release pela Comunicação da Câmara Municipal. Tudo para simular que a gestão municipal age com transparência.
Tivesse interesse de que as questões fossem passadas a limpo, a bancada governista não esvaziaria o plenário do Legislativo sempre que um assunto importante está na pauta. Foi assim, por exemplo, com o transporte coletivo (que parou porque a gestão municipal deu calote na única empresa que oferta o serviço).
A bancada governista também derrubou todos os requerimentos que pediam esclarecimentos à gestão municipal sobre o volumoso (e assustador) contrato da decoração natalina.
A tentativa de Allyson de criar uma narrativa a seu favor no caso desse novo escândalo é estratégia para enganar a opinião pública. Principalmente porque a oposição trabalha para criar uma Comissão Especial de Investigação (CEI). O vereador Cabo Deyvison já atua nos bastidores colhendo as assinaturas para protocolar o pedido de abertura da investigação.


