O governo Bolsonaro acabou com o Bolsa Família, importante programa de distribuição de renda que já vigorava, com sucesso, há 18 anos. Com essa medida, Bolsonaro deixa mais de 20 milhões de famílias, além de outras quase 15 milhões sem nenhuma garantia de que receberão algum benefício social nos próximos dias.
Embora o governo esteja anunciando o pagamento da primeira parcela do Auxílio Brasil, seu projeto eleitoreiro, não há certeza de que isso ocorra. É que o Auxílio Emergencial também chegou ao fim agora em outubro e o Auxílio Brasil ainda não tem fonte de receitas definida, pois o Congresso não votou a PEC dos Precatórios – esperança do governo Bolsonaro para abrir espaço no teto de gastos para bancar o novo programa.
O Auxílio Emergencial chegou a atender 39 milhões de pessoas, número reduzido para 35 milhões após pente fino feito pelo governo. Se o Auxílio Brasil atingir as 14,6 milhões de famílias, outras 20 milhões ficarão desassistidas.
Há temor inclusive de que até pessoas que recebiam o Bolsa Família fiquem de fora da primeira parcela do novo auxílio. Isso pode ocorrer porque com a criação do Auxílio Emergencial, algumas pessoas optaram pelo novo benefício. O Bolsa Família fez o último pagamento na sexta-feira passada a 14,6 milhões. Nessa primeira parcela, não haverá inclusão de nenhum novo beneficiário.
O Bolsa Família, segundo a BBC Brasil, conseguiu reduzir a pobreza e a pobreza extrema, diminuir a mortalidade infantil, aumentar a participação escolar feminina, reduzir a desigualdade regional do país e melhorar indicadores de insegurança alimentar entre os mais pobres. Mesmo com essas grandes conquistas, o governo Bolsonaro pôs fim ao programa.
Nosso e-mail: redacaobocadanoite@gmail.com
