O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (Solidariedade), ególatra que só ele, está sendo obrigado a se render às evidências. Após errar nas escolhas políticas, está se dando conta de que está sozinho.
Isolado e oportunista, finalmente se vê obrigado a fazer o que o cargo exige e que deveria estar fazendo desde que assumiu a prefeitura, em primeiro de janeiro de 2021: ter relações institucionais.
Quando o bolsonarismo estava em alta, e Allyson contava em seu redor com o ex-ministro Rogério Marinho (PL), o deputado estadual Kelps Lima (Solidariedade), além de outros nomes desse grupo político, o prefeito de Mossoró ignorou tudo e todos. Allyson ignorou até mesmo a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).
A partir de primeiro de janeiro de 2023, o Isolamento de Allyson se consolida. Bolsonaro não será mais presidente, Kelps não se elegeu e o prefeito não teve forças para eleger seus candidatos preferenciais: Jadson Clayton (deputado estadual) e Lawrence Amorim ( deputado federal). Além disso, Fábio Dantas (Solidariedade), candidato a governador, teve votação pífia em Mossoró. Sobrou Rogério Marinho (PL), que se elegeu senador, mas não tem dado muita bola para o prefeito mossoroense.
Por tudo isso, Allyson está engolindo o orgulho e tendo que se aproximar de quem tanto ignorou: a governadora Fátima Bezerra (PT).
A chefe do Executivo estadual, ciente da importância do cargo, e com a grandeza que Allyson nunca demonstrou ter, segue convidando o prefeito de Mossoró para atos administrativos importantes, mesmo que o prefeito tenha dado mostras de não merecer as deferências. Agora, começa a aceitar os convites. As evidências mostram que ter a postura de agora soa como puro oportunismo.