O deputado federal João Maia (PL) foi um dos principais – talvez o maior – articulador da chegada do ex-presidente Jair Bolsonaro ao seu partido. Celebrou com alegria a filiação não só do capitão, mas de todos os que vieram a reboque: a ala bolsonarista mais fiel ao ex-presidente.
Para ter Bolsonaro em seu partido, João Maia desarranjou aliados e filiados. Deputados estaduais como Kléber Rodrigues e Ubaldo Fernandes, então no PL, tiveram que mudar de sigla, pois compunham a base de apoio do primeiro governo Fátima Bezerra (PT). O Bolsonarismo, como se sabe, não constroi oposição política, mas inimizade. Não há, no dicionário bolsonarista, convivência entre os contrários, mas divisão. Daí a necessidade de mudanças, de norte a sul do país, para que o PL recebesse Bolsonaro e aqueles que o seguiram.
Entre os que migraram para o PL está o agora senador Rogério Marinho. “Hoje foi um dia muito importante para o nosso Partido Liberal (PL), que fica cada vez mais forte nacionalmente, com a chegada do presidente Jair Bolsonaro. No RN, com a vinda do ministro Rogério Marinho, um amigo de tantos anos além da vida pública”, disse João Maia em 30 de novembro de 2021, quando se deu o ato solene.
Na confortável condição de ser o líder do PL no Rio Grande do Norte há mais de duas décadas, João Maia não via perigo algum na chegada de Marinho. Seu faro de político experiente falhou. Não se sabe se João ainda considera Marinho um grande amigo, como declarou há pouco mais de um ano, mas o deputado está descobrindo, da pior forma, que para alguns, em política, o conceito de amizade parece ter outro sentido.
João Maia está sendo traído, descartado, abandonado, escanteado. Por Marinho. Num processo de fritura dos mais quentes e mais doloridos. De forma pública, João Maia foi sendo descartado em nome de uma possível ascensão de Marinho.
Foi um prefeito reclamando publicamente ali. Um dirigente de diretório postando contra João Maia acolá. Tudo aos olhos de todos, enquanto nos bastidores, o principal interessado dá combustpivel aos que “fritam” João Maia.
Hoje, como se sabe, dificilmente o deputado seguirá comandando o PL. Marinho é o principal expoente do bolsonarismo no Brasil – com tudo aquilo que ser bolsonarista representa.
Fiel aliado do ex-presidente Bolsonaro, Marinho figurou como líder do maior escândalo do governo bolsonarista. Suportou o quanto pode. Se elegeu senador e, nessa condição, se torna ainda mais relevante que o próprio Bolsonaro, que está sem mandato, sem imunidade e alvo de diversas inbvestigações, além de figurar como “ladrão de joias”.
“Presido o Partido Liberal no Estado do RN há 20 anos e continuarei com altivez, garra e disposição lutando pelo crescimento do Rio Grande do Norte e do Brasil”, disse João Maia quando da filiação de Marinho ao PL. Não tinha bola de cristal para prever at´quando seu reinado no PL ainda duraria. Mas como experiente político, ignorou como funciona o bolsonarismo. E pior: que Marinho se tornou um dos mais fiéis bolsonaristas. Com tudo o que isso significa.
Rogério Marinho hoje, tem mais poder político do que o próprio Bolsonaro, João Maia virou peixe miúdo no PL. O meu desejo seria os três na papuda. Bolsonaro, ajudou matar 500 mil brasileiros, Rogério Marinho, é autor da fatídica reforma da previdência, coube a João Maia se não estou enganado, ser um dos entregadores do Pré-Sal… 3 bandidos!