Mossoró busca certificação de eliminação da transmissão vertical do vírus HIV

por Ugmar Nogueira
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Uma equipe do Ministério da Saúde está em Mossoró cumprindo uma das etapas necessárias para a concessão da certificação de eliminação da transmissão vertical do vírus HIV, estratégia desenvolvida em parceria com estados e municípios para fortalecer a gestão e a rede de atenção do Sistema Único de Saúde (SUS), aprimorando ações de prevenção, diagnóstico, assistência e tratamento, além da qualificação da vigilância epidemiológica.

Os técnicos chegaram à cidade nesta segunda-feira (26) e permanecerão até quarta-feira (28), visitando departamentos e setores da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e unidades como o Hospital Maternidade Almeida Castro e Hospital Regional da Mulher Parteira Maria Correia. Na tarde desta segunda, a equipe do Ministério da Saúde, composta por quatro profissionais ligados ao Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), esteve no Centro Clínico Prof. Vingt-un Rosado (PAM do Bom Jardim). Pela manhã, os profissionais se reuniram com a secretária municipal de Saúde, Morgana Dantas.

“É um momento histórico para a nossa cidade, a partir de um trabalho integrado das nossas equipes da Atenção Básica, junto com a Vigilância em Saúde e Atenção Especializada. Em nível de Estado, apenas Mossoró e Parnamirim estão concorrendo a essa certificação. Esta é a segunda etapa no processo de certificação. A primeira foi a construção de um relatório, no mês de abril, e entregue dentro do prazo e dos critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde”, explicou Joyce Hayanny, coordenadora do Programa Municipal ISTs/Aids e Hepatites Virais.

A visita também está sendo acompanhada pela coordenação estadual do programa IST/Aids e Hepatites Virais. “É muito importante receber essa visita do Ministério da Saúde, porque é uma maneira de sermos reconhecidos pelas atividades que estamos realizando, em nível de Estado, de município, um trabalho diário. Todos os setores estão sendo visitados, bem como equipamentos como o Hospital da Mulher. É uma ação importante, para que a gente consiga mostrar tudo que está sendo realizado, e confirmar que somos merecedores de receber esse selo”, pontuou Gislainhy Pires, coordenadora estadual.

O resultado da verificação feita pela equipe nacional de validação da certificação será divulgado em dezembro. De forma preliminar, os técnicos destacaram que o Município está bem estruturado e com práticas bem qualificadas nos pontos analisados pelos profissionais. Para obter a certificação, os municípios precisavam ter mais de 100 mil habitantes e cumprir uma série de critérios estabelecidos no Guia de Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical de HIV e/ou Sífilis, em consonância com a Organização Pan-Americana da Saúde e Organização Mundial da Saúde (OMS).

Entre os critérios para a concessão do certificado, estão o alcance e a manutenção de taxas de incidência, proporção anual de crianças infectadas pelo HIV; cobertura mínima de quatro consultas no pré-natal; cobertura de gestantes com pelo menos um teste para HIV no pré-natal e cobertura de gestantes vivendo com HIV em uso de terapia antirretroviral adequada.

A transmissão vertical do HIV ocorre quando a grávida, vivendo com HIV/Aids, não realiza o tratamento de forma adequada e transmite o vírus para o bebê. Para evitar casos de transmissão vertical é importante que as gestantes e suas parcerias sexuais sejam testadas durante o pré-natal e que se repita o teste na mãe na hora do parto. Em caso de resultado positivo, o tratamento evita que os bebês sejam infectados com o vírus. Para essas mães, a amamentação não é recomendada.

Por: Maricelio Almeida
Foto: Wilson Moreno (Secom/PMM)

 

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