A mais recente interdição do Nogueirão trouxe à tona, mais uma vez, o debate em torno da falta de atenção do poder público para com a principal praça esportiva da cidade. Junto com essa discussão, também voltou aos holofotes a discussão sobre uma possível permuta.
Empresário e desportista, tendo inclusive presidido o Potiguar, o empresário Jorge do Rosário é mais uma voz a ecoar em defesa do estádio. “O Nogueirão é um patrimônio do povo de Mossoró e está numa situação vexatória. Independente do que se deixou de fazer no passado, a responsabilidade hoje é da prefeitura e que não pode ser omissa nessa questão”, avalia.
Jorge do Rosário também comenta sobre uma possível permita. “A permuta é uma solução que inclusive, salvo engano, já fora aprovada na gestão de Silveira, mas que não foi concretizada. É um processo que demanda algum tempo para sua conclusão”, ressalta o empresário.
Para amenizar a questão do prazo para se ter um outro estádio, ele sugere que conste no edital que o vencedor fique obrigado a fazer, em curtíssimo espaço de tempo, alguns serviços emergenciais no Nogueirão. “Assim o estádio ficaria apto para receber publico até que fossem concluídas as obras do outro estádio”, aponta.
Jorge do Rosário também fez uma análise do valor do Nogueirão. “O preço na área do Nogueirão gira em torno de 1,5 mil/m2. Mas sabemos que quanto maior a área, e o Nogueirão tem 40.000 m2, o valor do m2 diminui um pouco. Penso que a área do Nogueirão vale em torno de R$ 40 milhões, o q daria 1.000,00/m2. Vai depender também do momento da nossa economia”, avalia.
Ainda segundo Jorge do Rosário, um estádio para 15 mil pessoas deve custar em torno de R$ 25 a R$ 30 milhões de reais. “Para se ter ideia, o Retrô, clube pernambucano, tem um projeto para 12 mil pessoas desde 2020, que está orçado em R$ 15 milhões a R$ 20 milhões”.
O empresário aponta ainda outras possibilidades. “Há outros caminhos, como a prefeitura, através do seu corpo técnico, que tem competência para isso, fazer um projeto de “Arena Multiuso”, agregando algumas secretarias no local, e buscar verbas de parlamentares e do Ministério dos Esportes em Brasília. Enquanto não acontece isso, a prefeitura pode e deve fazer os serviços emergenciais necessários para que o Nogueirão tenha condições mínimas para receber os torcedores.”, finaliza.

