Por Ugmar Nogueira
No dia primeiro de janeiro de 2023, iniciam-se mais quatro anos de gestão da professora Fátima Bezerra à frente do governo do Rio Grande do Norte.
Nem o mais otimista militante da segurança pública apostava que a polícia e todo o sistema de segurança iriam ter tantas realizações na área como teve no atual governo. As desconfianças advindas, sobretudo, das questões ideológicas de ambas as partes, era elemento principal das conjecturas feitas no início de 2019.
Passados quase quatro anos, o que se viu foi uma outra realidade. Desde o compromisso salarial até as partes estruturais e funcionais da polícia, que receberam a devida atenção da gestora central do governo.
A governadora Fátima, ao longo do seu mandato, manteve um diálogo com a categoria, investiu na compra de equipamentos, munições, armas, viaturas e aparelhos eletrônicos. E mais: investiu em recursos humanos, realizando concursos em todas as áreas de segurança. Uma pergunta que não quer calar: o que está faltando para uma boa segurança no nosso Rio Grande do Norte?
Nesse novo governo a gestão precisa olhar para dentro do sistema de segurança e provocar uma desconcentração de poder, sair desse modelo atual e partir para algo novo que consiga dar uma resposta mais eficaz à sociedade. Temos tudo para uma boa segurança: gente, dinheiro, equipamentos, veículos e tecnologia. Ao parece, faltam apenas estratégias e um novo modelo de atuação.
Os gestores da nossa segurança pública são os mesmos de vinte anos atrás. Como se diz no linguajar policial: em vinte anos muita coisa mudou. O crime ficou cada vez mais organizado, a sociedade mudou o estilo de vida. As pessoas tem um olhar diferente sobre as coisas. Apesar de tudo isso, o jeito de se fazer segurança apresentado nos dias atuais ainda é o mesmo.
Não dar mais para conviver com um modelo administrativo que faz uma viatura sair de Upanema para vir ser abastecida em Mossoró. Não dá mais para conviver com um moto que fura o pneu em Mossoró e o comando ficar esperando uma autorização que vem de Natal para fazer o conserto. Esse modelo ficou velho, cansado e é motivo de alegria no crime organizado.
O nosso sistema de segurança precisa ser otimizado, ser mais abrangente, sempre com foco na preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.
A segurança pública necessita de ações integradas a nível federal, estadual, distrital e municipal, com a participação de entidades públicas e privadas e da comunidade como um todo.
