* Márcio Alexandre
Começou o Brasileirão, a maior competição tupiniquim da grande paixão nacional.
Começou o Brasileirão. Não é a competição mais democrática. Talvez nem a mais justa, mas a mais desejada. Por times e torcedores.
São vintes times da chamada elite querendo chegar ao Olimpo.
Gigantes querendo ir cada vez mais longe e pequenos querendo “atrapalhar”.
Vinte times de 9 Estados diferentes. De realidades distintas. De lugares distantes.
Disputa hercúlea para os de menor estrutura lutando por um lugar ao sol contra os mais estruturados.
O Brasileirão parece resumir o nosso país: de contrastes, de desigualdades, de lutas quase desumanas. Dos Davis contra os Golias.
Mas o esporte tem uma força quase sobrenatural a igualar os desiguais, a unir os diferentes, as reunir os distintos.
A primeira rodada ainda foi quase um mais do mesmo.
Expectativa frustrada de quem achou que ia ganhar. Realidade aceita de quem tinha certeza que ia perder.
Os deuses do futebol guardam, certamente, muitas surpresas pra rodadas que virão. Com a certeza de que talvez os mais fortes vençam. De que os pequenos surpreendam. Que no final, todos se divirtam porque o esporte é uma festa para todos. Mesmo que o Olimpo esteja reservado pra poucos.